quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Testes de Sociologia dados nas aula do Prof. Marco Antônio!

34. Algumas publicações foram importantes na sociologia norteamericana entre as décadas de 50 e 60, por exemplo, Estigma, Os Rituais de Interação e A Representação do Eu na Vida Cotidiana, cujo autor foi
(A) Wright Mills.
(B) Henry Lefebvre.
(C) Peter Berger.
(D) Lucien Goldmam.
X(E) Erving Goffman

35. No processo de socialização, a incorporação de traços gerais característicos da cultura de origem são importantes para servir de referência ao indivíduo, ligando-o ao seu grupo.
Servem de experiências e sentimentos que ligam o indivíduo ao sentimento de estar incluído ao seu grupo. Essa vinculação está associada à noção de
(A) processo de inclusão.
(B) ação social.
(C) representação social.
X(D) pertencimento social.
(E) socialização.

36. “Por um lado, Boas também se dedicou a mostrar o absurdo da idéia de uma ligação entre traços físicos e traços mentais, dominante na época e implícita na noção de “raça”. Para ele, era evidente que os dois aspectos dependiam de análises completamente diferentes. E, precisamente por se opor a essa idéia, ele adotou o conceito de cultura que lhe parecia o mais apropriado para dar conta da diversidade humana. Para ele, não há diferença de “natureza” (biológica) entre primitivos e civilizados, somente diferenças de cultura, adquiridas e logo, não inatas.”
(Cuche; 2002:41-42)
Franz Boas (1858-1942), autor de origem alemã, realizou importantes pesquisas nos Estados Unidos com indígenas da costa noroeste desse país. Segundo o texto, pode-se afirmar que
(A) os traços mentais dos indivíduos dependem de seus traços físicos.
X(B) o conceito de cultura boasiano implica na ideia de diversidade cultural.
(C) as diferenças culturais entre primatas e civilizados são inatas.
(D) o conceito de cultura de Boas baseia-se na ideia de diferença de natureza entre primatas e civilizados.
(E) as noções de cultura e raça para Boas são equivalentes.

37. Cada grupo humano pensa e age com os valores de sua própria cultura; valoriza seus costumes como sendo superiores aos dos outros grupos; concebe os outros a partir da visão do mundo elaborada pela sua cultura – se vê no centro do mundo e das coisas. Essa postura é definida pela antropologia como
(A) etnovalorização.
(B) policentrismo.
(C) politeísmo.
X(D) etnocentrismo.
(E) culturalismo.

38. “O grande mérito de Malinowiki será, no entanto, demonstrar que não se pode estudar uma cultura analisando-a do exterior, e ainda menos a distância. Não se satisfazendo com a observação direta “em campo”, ele sistematizou o uso do método etnográfico chamado de “observação participante” (expressão criada por ele), único modo de conhecimento em profundidade da alteridade cultural que poderia escapar ao etnocentrismo.”
(Cuche; 2002: 73-74)
Bronislaw Malinovski (1884-1942) trouxe grande contribuição aos estudos da cultura no que se refere à metodologia do trabalho de campo. De acordo com o texto, é correto afirmar que
X(A) a pesquisa participante permite reconhecer a alteridade cultural.
(B) o método etnográfico reforça o etnocentrismo.
(C) a pesquisa participante permite estudar a cultura a distância.
(D) a observação direta em campo é uma postura investigativa etnocêntrica.
(E) alteridade e etnocentrismo são termos complementares na pesquisa.

39. Quando se trata dos aspectos culturais dentro de uma organização, de uma empresa, pode-se falar em microcultura. Elas são criadas internamente à própria organização levando em conta as relações de trabalho, tecnologia, rituais de produção, etc.
Um exemplo disso foi o que se denominou na década de 70 de “modelo japonês”. Nesse caso, com relação à identificação de uma cultura específica, pode-se falar em cultura
(A) oriental.
(B) material.
(C) de classe.
X(D) tecnológica.
(E) de empresa.

40. Pierre Bourdieu em sua obra Le Sens Pratique (1980), trata de certas disposições duráveis e transponíveis no interior de uma dada cultura, como sendo princípios geradores de práticas e representações que caracterizam uma classe ou grupo social em termos de “memória coletiva”. Essas disposições são chamadas por Bourdieu de
(A) história oral.
X(B) habitus.
(C) estratificação.
(D) status.
(E) ação social.

41. “Resumindo, o comportamento dos indivíduos depende de um aprendizado, de um processo que chamamos de endoculturação.
Um menino e uma menina agem diferentemente não em função de seus hormônios, mas em decorrência de uma educação diferenciada.”
(Laraia; 1989:20)
De acordo com o texto, o autor afirma que o comportamento humano depende da endoculturação contrariamente à tese do
(A) etnocentrismo.
(B) determinismo cultural.
X(C) determinismo biológico.
(D) culturalismo.
(E) antropocentrismo.

42. “Essas teorias, que foram desenvolvidas principalmente por geógrafos no final do século XIX e no início do século XX, ganharam uma grande popularidade. Exemplo significativo desse tipo de pensamento pode ser encontrado em Huntington, em seu livro Civilization and Climate, 1925, no qual formula uma relação entre as latitudes e os centros de civilização, considerando o clima como um fator importante na dinâmica do progresso.” (Laraia; 1989:21)
De acordo com o texto, essas teorias se referiam ao
(A) determinismo cultural.
(B) determinismo econômico.
(C) historicismo.
X(D) determinismo geográfico.
(E) difusionismo.

43. “No Brasil, assim, o indivíduo entra em cena todas as vezes que estamos diante da autoridade impessoal que representa a lei universalizante, a ser aplicada a todos. É, já vimos, quando usamos o “Você sabe com quem está falando?”ou formas mais sutis e brandas de revelar nossa “verdadeira” identidade social.
Não mais como cidadãos da República, iguais perante a lei, mas como pessoas da sociedade, relacionadas essencialmente com certas personalidades e situadas acima da lei.”
(Da Matta; 1990:194)
De acordo com o texto, o autor aponta para o uso da expressão “Você sabe com está falando?” no sentido de que ela revela
X(A) a identidade social de forma pessoalizada.
(B) a impessoalidade dos cidadãos perante a lei.
(C) a autoridade impessoal aplicada a todos.
(D) o reconhecimento da igualdade social.
(E) a identidade a partir da lei.

44. “Quando um indivíduo consegue atravessar a barreira de classe para ingressar no estrato superior e nele permanecer, pode-se notar em uma ou duas gerações seus descendentes crescerem em estatura, se embelezarem, se refinarem, se educarem, acabando por confundir-se com o patriciado tradicional.”
(Darcy Ribeiro – O Povo Brasileiro: a formação e o sentido do Brasil.
São Paulo; Cia. das Letras. 1998:211). Segundo o texto, pode-se afirmar que o autor se refere
(A) à dominação social.
X(B) à ascensão social.
(C) à subordinação social.
(D) ao conflito de classes.
(E) à marginalização.

45. “A noção de classe social é inseparável da noção de luta de classes. Grande parte das polêmicas teóricas entre marxistas e não-marxistas, entre marxistas de diversas tendências ou sem tendência, assim como entre sociólogos, tornam-se irrelevantes desde que se considere a noção de classe, não como uma noção estática – podendo, de fato, ser substituída por noções de camada, estrato, categoria sócio-profissional – mas como noção dinâmica, inseparável de sua referência histórica concreta, a luta subterrânea ou aberta, tácita ou violenta, com vistas a mudar a ordem social (e não a forma de poder político ou seus detentores).” (Lapassade e Lourou; 1972:68)
De acordo com o texto, pode-se afirmar que
(A) a noção de luta de classes e a noção de classe social são distintas.
(B) não há referências históricas concretas ligadas à noção de classe social.
(C) a noção de classe social é dinâmica com vistas a manter a ordem social.
X(D) a noção de classe social não se separa de sua referência histórica concreta.
(E) as polêmicas teóricas não-marxistas consideram a noção de classe social como estática.

46. “Um antropólogo propôs uma definição de raça na qual a expressão grupo étnico substitui o termo raça da seguinte maneira:
“Um grupo étnico é uma das numerosas populações que constituem a espécie Homo sapiens e que, individualmente, conserva suas diferenças físicas e culturais, por meio de mecanismos isoladores, tais como barreiras geográficas ou sociais.
As diferenças variarão de acordo com as resistências dessas barreiras. Onde elas forem frágeis, haverá maior hibridação entre os grupos vizinhos; onde elas forem rígidas , esses grupos étnicos tenderão a permanecer distintos ou a se sucederem geograficamente ou ecologicamente. (Montagu 1945:43)” (Mussolini; 1969:229)
De acordo com a citação apresentada, pode-se dizer que
(A) a expressão grupo étnico não substitui o termo raça.
(B) a maior hibridação entre grupos vizinhos ocorre quando as barreiras geográficas são rígidas.
X(C) os mecanismos isoladores permitem aos grupos étnicos conservarem suas diferenças.
(D) o termo raça se refere às populações que constituem a espécie Homo sapiens.
(E) os grupos étnicos não apresentam variações ao longo do tempo.

47. As bandeiras, brasões, a cruz, representam atitudes coletivas, mentalidades, significação, tanto para os indivíduos que os interpretam quanto para aqueles que os criaram, envolvendo
inclusive ideologias; possuem linguagem e apresentam elementos organizados de forma lógica. A essas representações materializadas nesses objetos chamamos de
(A) conceitos.
X(B) símbolos.
(C) mitos.
(D) enigmas.
(E) linguagens.

2 comentários:

  1. Gostei muito das questões, simples, mas muito bem elaboradas. Vou adaptá-las às minhas turmas. Obrigada Professor Marco Antônio.

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  2. Gostei muito das questões, simples, mas muito bem elaboradas. Vou adaptá-las às minhas turmas. Obrigada Professor Marco Antônio.

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