quinta-feira, 11 de novembro de 2010
quarta-feira, 6 de outubro de 2010
Empirismo!
Na filosofia, Empirismo é um movimento que acredita nas experiências como únicas (ou principais) formadoras das ideias, discordando, portanto, da noção de ideias natas.
O empirismo é descrito-caracterizado pelo conhecimento científico, a sabedoria é adquirida por percepções; pela origem das idéias por onde se percebe as coisas, independente de seus objetivos e significados; pela relação de causa-efeito por onde fixamos na mente o que é percebido atribuindo à percepção causas e efeitos; pela autonomia do sujeito que afirma a variação da consciência de acordo com cada momento; pela concepção da razão que não vê diferença entre o espírito e extensão, como propõe o Racionalismo e ainda pela matemática como linguagem que afirma a inexistência de hipóteses.
Na ciência, o empirismo é normalmente utilizado quando falamos no método científico tradicional (que é originário do empirismo filosófico), o qual defende que as teorias científicas devem ser baseadas na observação do mundo, em vez da intuição ou da fé, como lhe foi passado.
O termo tem uma etimologia dupla. A palavra latina experientia, de onde deriva a palavra "experiência", é originária da expressão grega εμπειρισμός. Por outro lado, deriva-se também de um uso mais específico da palavra empírico, relativo aos médicos cuja habilidade derive da experiência prática e não da instrução da teoria.
Empirismo na filosofia
A doutrina do empirismo foi definida explicitamente pela primeira vez pelo filósofo inglês John Locke no século XVII. Locke argumentou que a mente seria, originalmente, um "quadro em branco" (tabula rasa), sobre o qual é gravado o conhecimento, cuja base é a sensação. Ou seja, todas as pessoas, ao nascer, o fazem sem saber de absolutamente nada, sem impressão nenhuma, sem conhecimento algum. Todo o processo do conhecer, do saber e do agir é aprendido pela experiência, pela tentativa e erro.
Historicamente, o empirismo se opõe a escola conhecida como racionalismo, segundo a qual o homem nasceria com certas idéias inatas, as quais iriam "aflorando" à consciência e constituiriam as verdades acerca do Universo. A partir dessas idéias, o homem poderia entender os fenômenos particulares apresentados pelos sentidos. O conhecimento da verdade, portanto, independeria dos sentidos físicos.
Alguns filósofos normalmente associados com o empirismo são: Aristóteles, Tomás de Aquino, Francis Bacon, Thomas Hobbes, John Locke, George Berkeley, David Hume e John Stuart Mill. Embora no geral seja relacionado com a teoria do conhecimento, o empirismo, ao longo da história da filosofia, teve implicações na lógica, filosofia da linguagem, filosofia política, teologia, ética, dentre outros ramos.
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Empirismo
O empirismo é descrito-caracterizado pelo conhecimento científico, a sabedoria é adquirida por percepções; pela origem das idéias por onde se percebe as coisas, independente de seus objetivos e significados; pela relação de causa-efeito por onde fixamos na mente o que é percebido atribuindo à percepção causas e efeitos; pela autonomia do sujeito que afirma a variação da consciência de acordo com cada momento; pela concepção da razão que não vê diferença entre o espírito e extensão, como propõe o Racionalismo e ainda pela matemática como linguagem que afirma a inexistência de hipóteses.
Na ciência, o empirismo é normalmente utilizado quando falamos no método científico tradicional (que é originário do empirismo filosófico), o qual defende que as teorias científicas devem ser baseadas na observação do mundo, em vez da intuição ou da fé, como lhe foi passado.
O termo tem uma etimologia dupla. A palavra latina experientia, de onde deriva a palavra "experiência", é originária da expressão grega εμπειρισμός. Por outro lado, deriva-se também de um uso mais específico da palavra empírico, relativo aos médicos cuja habilidade derive da experiência prática e não da instrução da teoria.
Empirismo na filosofia
A doutrina do empirismo foi definida explicitamente pela primeira vez pelo filósofo inglês John Locke no século XVII. Locke argumentou que a mente seria, originalmente, um "quadro em branco" (tabula rasa), sobre o qual é gravado o conhecimento, cuja base é a sensação. Ou seja, todas as pessoas, ao nascer, o fazem sem saber de absolutamente nada, sem impressão nenhuma, sem conhecimento algum. Todo o processo do conhecer, do saber e do agir é aprendido pela experiência, pela tentativa e erro.
Historicamente, o empirismo se opõe a escola conhecida como racionalismo, segundo a qual o homem nasceria com certas idéias inatas, as quais iriam "aflorando" à consciência e constituiriam as verdades acerca do Universo. A partir dessas idéias, o homem poderia entender os fenômenos particulares apresentados pelos sentidos. O conhecimento da verdade, portanto, independeria dos sentidos físicos.
Alguns filósofos normalmente associados com o empirismo são: Aristóteles, Tomás de Aquino, Francis Bacon, Thomas Hobbes, John Locke, George Berkeley, David Hume e John Stuart Mill. Embora no geral seja relacionado com a teoria do conhecimento, o empirismo, ao longo da história da filosofia, teve implicações na lógica, filosofia da linguagem, filosofia política, teologia, ética, dentre outros ramos.
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Empirismo
Mais testes de Sociologia aplicados pelo Prof. Marco Antônio!
Professor
48. “A solidariedade produzida pela divisão do trabalho é totalmente diferente. Enquanto que a precedente implica em que os indivíduos se pareçam, esta supõe que eles diferem uns dos outros. A primeira só é possível na medida em que a personalidade individual seja absorvida pela personalidade coletiva; a segunda só é possível se cada um tiver uma esfera própria de ação e, consequentemente, uma personalidade.” (Rodrigues; 2005:83)
Segundo o texto, o autor está se referindo a
(A) solidariedade simbólica e solidariedade real.
(B) patologia social e anomia.
(C) solidariedade orgânica e caráter patológico.
(D) solidariedade primária e solidariedade mecânica.
x(E) solidariedade mecânica e solidariedade orgânica.
49. Na acepção durkheimiana, as crenças, as práticas grupais e tendências tomadas coletivamente e que exercem sobre os indivíduos uma coerção exterior, caracteriza o que o autor chama de
X(A) fato social.
(B) anomia social.
(C) interação social.
(D) patologia social.
(E) representação social.
50. De acordo com o pensamento de Émile Durkheim é possível identificar dois conceitos trabalhados pelo autor, que se referem às perturbações e conflitos dentro da ordem social estabelecida que atinge a sociedade e o indivíduo. Esses conceitos são:
(A) anomia e fato social.
(B) suicídio e interação social.
X(C) anomia e suicídio.
(D) patologia social e regras sociais.
(E) anomia e coerção.
51. Karl Marx, ao tratar das classes sociais e conflitos de classe, identifica três grandes classes na sociedade moderna baseada no Modo de Produção Capitalista. A partir da afirmação, assinale a alternativa que contém essas três classes:
(A) Trabalhadores assalariados, capitalistas e artesãos.
(B) Proprietários de terras, capitalistas e aristocracia rural.
(C) Capitalistas, comerciantes e trabalhadores assalariados.
(D) Proletariado, senhores feudais e capitalistas.
X(E) Capitalistas, trabalhadores assalariados e proprietários de terras.
52. Na obra de Karl Marx, O Capital, livro I, primeira seção, capítulo I, é destinado ao estudo da mercadoria. O autor define a mercadoria como um “objeto de necessidades humanas”, um “meio de subsistência no sentido mais lato do termo” e se apresenta sob duplo aspecto, a saber:
(A) valor de uso e meios de subsistência.
(B) valor de troca e força de trabalho.
(C) força de trabalho e tempo de trabalho necessário.
X(D) valor de uso e valor de troca.
(E) valor de troca e moeda.
53. “Muito mais importante é a ação direta – possível de ser demonstrada – exercida pelo desenvolvimento da mão sobre o resto do organismo. Como já dissemos, nossos antepassados simescos eram animais que viviam em manadas;evidentemente, não é possível buscar a origem do homem, o mais social dos animais, em antepassados imediatos que não vivessem congregados. Em face de cada novo progresso, o domínio sobre a natureza, que tivera início com o desenvolvimento da mão, com o trabalho, ia ampliando os horizontes do homem, levando-o a descobrir constantemente nos objetos novas propriedades até então desconhecidas.”
(Karl Marx e Friedrich Engels – Textos 1; 1975:65)
De acordo com a citação, o texto de Karl Marx e Friedrich Engels ao qual ela se refere é:
(A) a Ideologia alemã.
X(B) sobre o papel do trabalho na transformação do macaco em homem.
(C) dialética da natureza.
(D) socialismo utópico e socialismo científico.
(E) teses sobre Feuerbach.
54. No que se refere à pesquisa em Ciências Sociais, Max Weber parte da ideia de que não é possível um conceito “… reproduzir integralmente a diversidade intrínseca de um fenômeno particular.”
Afirma também que o conhecimento é hipotético. O “especialista em Ciências Humanas constrói então um conjunto de conceitos para fins de pesquisa”. Essa construção dentro do pensamento de Weber recebe o nome de
X(A) idealtipo.
(B) carisma.
(C) liderança.
(D) tipos lógicos.
(E) ação social.
55. Na sociologia política weberiana, os tipos de legitimidade são descritos como diferentes maneiras de relacionar obedecer/ mandar. Esses três domínios legítimos são, respectivamente,
(A) o autoritário, o legal e o racional.
(B) o legal, o tradicional e o racial.
(C) o tradicional, o coercitivo e o religioso.
(D) o carismático, o religioso e o autoritário.
X(E) o legal, o tradicional e o carismático.
56. “À medida que se foi estendendo a influência da concepção de vida puritana – e isto, naturalmente, é muito mais importante do que o simples fomento da acumulação de capital – ela favoreceu o desenvolvimento de uma vida econômica racional e burguesa. Era a sua mais importante, e, antes de mais nada, a sua única orientação consistente, nisto tendo sido o berço do moderno “homem econômico”. (Marx Weber, A Ética protestante e o espírito do capitalismo. 1967:125) De acordo com o texto, Max Weber está apontando para o “desenvolvimento de uma vida econômica racional e burguesa” e o desenvolvimento do capitalismo a partir da influência da
(A) economia e sociedade.
X(B) ética protestante.
(C) liderança carismática.
(D) ética liberal.
(E) teoria da ação social.
57. “A nova revolução técnico-científica que reabasteceu o acervo de possibilidades tecnológicas tinha um caráter consciente e proposital amplamente ausente na antiga. Em vez de inovação espontânea, indiretamente suscitada pelos processos sociais de produção, vieram o progresso planejado da tecnologia e projeto de produção. Isto foi realizado por meio da transformação da ciência mesma em mercadoria comprada e vendida como outros implementos e trabalhos de produção.” (Braverman: 1987:146)
A partir do texto, pode-se afirmar que
X(A) a ciência foi transformada em mercadoria.
(B) a nova revolução técnico-científica foi baseada na inovação espontânea.
(C) o planejamento da tecnologia aboliu a ciência.
(D) a ciência mercadoria não pode ser comprada e vendida.
(E) a nova revolução tecnológica não tem caráter proposital.
61. Pierre Bourdieu em sua obra O Poder Simbólico trata os sistemas simbólicos como aqueles que têm a função política de impor e legitimar a dominação – bem como essa dominação e relações de força se impõem por meio do que o autor chama de violência
X(A) simbólica.
(B) de classe.
(C) cultural.
(D) social.
(E) concreta.
62. “O ambiente em que ocorrem as mortes por homicídio entre jovens, embora diga respeito a um conjunto grande de motivos, está relacionado sobretudo ao grau de vulnerabilidade juvenil. Nesse sentido, a desigualdade de renda e oportunidades contribui decisivamente para a produção e reprodução da violência juvenil.” (Pochamann; 2004:237) Segundo o texto, pode-se dizer que a morte entre jovens, por homicídio, está relacionada à
(A) desigualdade de renda e oportunidades iguais a todos estratos populacionais.
(B) equidade da renda entre os estratos sociais.
(C) desigualdade entre faixas etárias.
(D) vulnerabilidade escolar.
X(E) vulnerabilidade juvenil.
63. “Temos que questionar se a escola é parte do aluno ou se ele se situa fora dela. E estender a indagação a seus profissionais: se o aluno participa de suas decisões e se a organização escolar é feita para facilitar sua vida e seu crescimento; se suas normas e regras são pautadas no respeito mútuo e na coresponsabilidade; se seus espaços físicos e seus equipamentos existem para despertar seu interesse por conhecer e conviver, a ponto de se dispor a zelar por eles com empenho, como um patrimônio seu.” (Marra; 2004:20)
De acordo com o texto, assinale a alternativa correta.
(A) A autora questiona os profissionais e as regras da escola.
(B) Para a autora, o aluno se situa fora da realidade da escola.
X(C) A autora questiona se o espaço da escola é entendido pelo aluno como seu patrimônio.
(D) Para a autora, o respeito mútuo não colabora com a organização escolar.
(E) A autora afirma que o aluno não deve participar das decisões escolares.
64. “O poder público deve reconhecer que para se entender a violência escolar, o caminho mais fidedigno é a convivência no seu dia-a-dia, para conhecer sua dinâmica de funcionamento e o estabelecimento de diálogo com seus atores. Ou, pelo menos ouvir a comunidade escolar, observando que qualquer ajuda que se pretenda oferecer à escola deve com ela ser discutida e incluída no seu plano político-pedagógico.” (Marra; 2004:222) De acordo com o texto, para o entendimento da violência escolar deve-se levar em conta
X(A) o diálogo com seus atores.
(B) o afastamento com o poder público.
(C) a não interferência da comunidade.
(D) o planejamento político pedagógico feito pelo poder público.
(E) que a convivência do dia-a-dia seja vigiada.
65. “Somente a partir dos anos 80 surgem campanhas internacionais de sensibilização a respeito da violência familiar, em especial a violência sexual incestuosa, atingindo as escolas, hospitais e tribunais que passaram a ter informações sobre o segredo do incesto. Até então, este tema era mantido no espaço intrafamiliar, fazendo surgir um segredo mantido por muito tempo.” (Pizá &Barbosa; 2004:57)
De acordo com o texto, pode-se afirmar que
(A) a partir dos anos 80 houve aumento da violência sexual incestuosa.
(B) o espaço intrafamiliar protege a criança da violência sexual incestuosa.
(C) a violência familiar incestuosa atinge a escola, hospitais e tribunais.
X(D) a violência sexual incestuosa era mantida dentro da família.
(E) o segredo do incesto sempre esteve fora do espaço intrafamiliar.
66. “No campo da previdência social, a situação é mais complexa.
De positivo houve a elevação da aposentadoria dos trabalhadores rurais para o piso de um salário mínimo. Foi também positiva a introdução da renda mensal vitalícia para idosos e deficientes, mas sua implementação tem sido muito restrita. O pricipal problema está nos benefícios previdenciários sobretudo nos valores das aposentadorias.”
(José M. Carvalho, Cidadania no Brasil: o longo caminho; 2006:207) Sobre o assunto do texto, assinale a alternativa correta.
(A) A cidadania civil no Brasil foi conquistada após a abolição do regime de escravidão.
X(B) A escravidão e a grande propriedade rural foram impecilhos para a conquista dos direitos civis no Brasil.
(C) A herança colonial e a desprivatização reforçaram os direitos civis no Brasil.
(D) A escravidão, a grande propriedade e a cidadania foram conquistadas pelo movimento republicano no Brasil.
(E) A grande propriedade rural perdeu seu poder após a abolição do regime escravocrata.
48. “A solidariedade produzida pela divisão do trabalho é totalmente diferente. Enquanto que a precedente implica em que os indivíduos se pareçam, esta supõe que eles diferem uns dos outros. A primeira só é possível na medida em que a personalidade individual seja absorvida pela personalidade coletiva; a segunda só é possível se cada um tiver uma esfera própria de ação e, consequentemente, uma personalidade.” (Rodrigues; 2005:83)
Segundo o texto, o autor está se referindo a
(A) solidariedade simbólica e solidariedade real.
(B) patologia social e anomia.
(C) solidariedade orgânica e caráter patológico.
(D) solidariedade primária e solidariedade mecânica.
x(E) solidariedade mecânica e solidariedade orgânica.
49. Na acepção durkheimiana, as crenças, as práticas grupais e tendências tomadas coletivamente e que exercem sobre os indivíduos uma coerção exterior, caracteriza o que o autor chama de
X(A) fato social.
(B) anomia social.
(C) interação social.
(D) patologia social.
(E) representação social.
50. De acordo com o pensamento de Émile Durkheim é possível identificar dois conceitos trabalhados pelo autor, que se referem às perturbações e conflitos dentro da ordem social estabelecida que atinge a sociedade e o indivíduo. Esses conceitos são:
(A) anomia e fato social.
(B) suicídio e interação social.
X(C) anomia e suicídio.
(D) patologia social e regras sociais.
(E) anomia e coerção.
51. Karl Marx, ao tratar das classes sociais e conflitos de classe, identifica três grandes classes na sociedade moderna baseada no Modo de Produção Capitalista. A partir da afirmação, assinale a alternativa que contém essas três classes:
(A) Trabalhadores assalariados, capitalistas e artesãos.
(B) Proprietários de terras, capitalistas e aristocracia rural.
(C) Capitalistas, comerciantes e trabalhadores assalariados.
(D) Proletariado, senhores feudais e capitalistas.
X(E) Capitalistas, trabalhadores assalariados e proprietários de terras.
52. Na obra de Karl Marx, O Capital, livro I, primeira seção, capítulo I, é destinado ao estudo da mercadoria. O autor define a mercadoria como um “objeto de necessidades humanas”, um “meio de subsistência no sentido mais lato do termo” e se apresenta sob duplo aspecto, a saber:
(A) valor de uso e meios de subsistência.
(B) valor de troca e força de trabalho.
(C) força de trabalho e tempo de trabalho necessário.
X(D) valor de uso e valor de troca.
(E) valor de troca e moeda.
53. “Muito mais importante é a ação direta – possível de ser demonstrada – exercida pelo desenvolvimento da mão sobre o resto do organismo. Como já dissemos, nossos antepassados simescos eram animais que viviam em manadas;evidentemente, não é possível buscar a origem do homem, o mais social dos animais, em antepassados imediatos que não vivessem congregados. Em face de cada novo progresso, o domínio sobre a natureza, que tivera início com o desenvolvimento da mão, com o trabalho, ia ampliando os horizontes do homem, levando-o a descobrir constantemente nos objetos novas propriedades até então desconhecidas.”
(Karl Marx e Friedrich Engels – Textos 1; 1975:65)
De acordo com a citação, o texto de Karl Marx e Friedrich Engels ao qual ela se refere é:
(A) a Ideologia alemã.
X(B) sobre o papel do trabalho na transformação do macaco em homem.
(C) dialética da natureza.
(D) socialismo utópico e socialismo científico.
(E) teses sobre Feuerbach.
54. No que se refere à pesquisa em Ciências Sociais, Max Weber parte da ideia de que não é possível um conceito “… reproduzir integralmente a diversidade intrínseca de um fenômeno particular.”
Afirma também que o conhecimento é hipotético. O “especialista em Ciências Humanas constrói então um conjunto de conceitos para fins de pesquisa”. Essa construção dentro do pensamento de Weber recebe o nome de
X(A) idealtipo.
(B) carisma.
(C) liderança.
(D) tipos lógicos.
(E) ação social.
55. Na sociologia política weberiana, os tipos de legitimidade são descritos como diferentes maneiras de relacionar obedecer/ mandar. Esses três domínios legítimos são, respectivamente,
(A) o autoritário, o legal e o racional.
(B) o legal, o tradicional e o racial.
(C) o tradicional, o coercitivo e o religioso.
(D) o carismático, o religioso e o autoritário.
X(E) o legal, o tradicional e o carismático.
56. “À medida que se foi estendendo a influência da concepção de vida puritana – e isto, naturalmente, é muito mais importante do que o simples fomento da acumulação de capital – ela favoreceu o desenvolvimento de uma vida econômica racional e burguesa. Era a sua mais importante, e, antes de mais nada, a sua única orientação consistente, nisto tendo sido o berço do moderno “homem econômico”. (Marx Weber, A Ética protestante e o espírito do capitalismo. 1967:125) De acordo com o texto, Max Weber está apontando para o “desenvolvimento de uma vida econômica racional e burguesa” e o desenvolvimento do capitalismo a partir da influência da
(A) economia e sociedade.
X(B) ética protestante.
(C) liderança carismática.
(D) ética liberal.
(E) teoria da ação social.
57. “A nova revolução técnico-científica que reabasteceu o acervo de possibilidades tecnológicas tinha um caráter consciente e proposital amplamente ausente na antiga. Em vez de inovação espontânea, indiretamente suscitada pelos processos sociais de produção, vieram o progresso planejado da tecnologia e projeto de produção. Isto foi realizado por meio da transformação da ciência mesma em mercadoria comprada e vendida como outros implementos e trabalhos de produção.” (Braverman: 1987:146)
A partir do texto, pode-se afirmar que
X(A) a ciência foi transformada em mercadoria.
(B) a nova revolução técnico-científica foi baseada na inovação espontânea.
(C) o planejamento da tecnologia aboliu a ciência.
(D) a ciência mercadoria não pode ser comprada e vendida.
(E) a nova revolução tecnológica não tem caráter proposital.
61. Pierre Bourdieu em sua obra O Poder Simbólico trata os sistemas simbólicos como aqueles que têm a função política de impor e legitimar a dominação – bem como essa dominação e relações de força se impõem por meio do que o autor chama de violência
X(A) simbólica.
(B) de classe.
(C) cultural.
(D) social.
(E) concreta.
62. “O ambiente em que ocorrem as mortes por homicídio entre jovens, embora diga respeito a um conjunto grande de motivos, está relacionado sobretudo ao grau de vulnerabilidade juvenil. Nesse sentido, a desigualdade de renda e oportunidades contribui decisivamente para a produção e reprodução da violência juvenil.” (Pochamann; 2004:237) Segundo o texto, pode-se dizer que a morte entre jovens, por homicídio, está relacionada à
(A) desigualdade de renda e oportunidades iguais a todos estratos populacionais.
(B) equidade da renda entre os estratos sociais.
(C) desigualdade entre faixas etárias.
(D) vulnerabilidade escolar.
X(E) vulnerabilidade juvenil.
63. “Temos que questionar se a escola é parte do aluno ou se ele se situa fora dela. E estender a indagação a seus profissionais: se o aluno participa de suas decisões e se a organização escolar é feita para facilitar sua vida e seu crescimento; se suas normas e regras são pautadas no respeito mútuo e na coresponsabilidade; se seus espaços físicos e seus equipamentos existem para despertar seu interesse por conhecer e conviver, a ponto de se dispor a zelar por eles com empenho, como um patrimônio seu.” (Marra; 2004:20)
De acordo com o texto, assinale a alternativa correta.
(A) A autora questiona os profissionais e as regras da escola.
(B) Para a autora, o aluno se situa fora da realidade da escola.
X(C) A autora questiona se o espaço da escola é entendido pelo aluno como seu patrimônio.
(D) Para a autora, o respeito mútuo não colabora com a organização escolar.
(E) A autora afirma que o aluno não deve participar das decisões escolares.
64. “O poder público deve reconhecer que para se entender a violência escolar, o caminho mais fidedigno é a convivência no seu dia-a-dia, para conhecer sua dinâmica de funcionamento e o estabelecimento de diálogo com seus atores. Ou, pelo menos ouvir a comunidade escolar, observando que qualquer ajuda que se pretenda oferecer à escola deve com ela ser discutida e incluída no seu plano político-pedagógico.” (Marra; 2004:222) De acordo com o texto, para o entendimento da violência escolar deve-se levar em conta
X(A) o diálogo com seus atores.
(B) o afastamento com o poder público.
(C) a não interferência da comunidade.
(D) o planejamento político pedagógico feito pelo poder público.
(E) que a convivência do dia-a-dia seja vigiada.
65. “Somente a partir dos anos 80 surgem campanhas internacionais de sensibilização a respeito da violência familiar, em especial a violência sexual incestuosa, atingindo as escolas, hospitais e tribunais que passaram a ter informações sobre o segredo do incesto. Até então, este tema era mantido no espaço intrafamiliar, fazendo surgir um segredo mantido por muito tempo.” (Pizá &Barbosa; 2004:57)
De acordo com o texto, pode-se afirmar que
(A) a partir dos anos 80 houve aumento da violência sexual incestuosa.
(B) o espaço intrafamiliar protege a criança da violência sexual incestuosa.
(C) a violência familiar incestuosa atinge a escola, hospitais e tribunais.
X(D) a violência sexual incestuosa era mantida dentro da família.
(E) o segredo do incesto sempre esteve fora do espaço intrafamiliar.
66. “No campo da previdência social, a situação é mais complexa.
De positivo houve a elevação da aposentadoria dos trabalhadores rurais para o piso de um salário mínimo. Foi também positiva a introdução da renda mensal vitalícia para idosos e deficientes, mas sua implementação tem sido muito restrita. O pricipal problema está nos benefícios previdenciários sobretudo nos valores das aposentadorias.”
(José M. Carvalho, Cidadania no Brasil: o longo caminho; 2006:207) Sobre o assunto do texto, assinale a alternativa correta.
(A) A cidadania civil no Brasil foi conquistada após a abolição do regime de escravidão.
X(B) A escravidão e a grande propriedade rural foram impecilhos para a conquista dos direitos civis no Brasil.
(C) A herança colonial e a desprivatização reforçaram os direitos civis no Brasil.
(D) A escravidão, a grande propriedade e a cidadania foram conquistadas pelo movimento republicano no Brasil.
(E) A grande propriedade rural perdeu seu poder após a abolição do regime escravocrata.
Testes de Sociologia dados nas aula do Prof. Marco Antônio!
34. Algumas publicações foram importantes na sociologia norteamericana entre as décadas de 50 e 60, por exemplo, Estigma, Os Rituais de Interação e A Representação do Eu na Vida Cotidiana, cujo autor foi
(A) Wright Mills.
(B) Henry Lefebvre.
(C) Peter Berger.
(D) Lucien Goldmam.
X(E) Erving Goffman
35. No processo de socialização, a incorporação de traços gerais característicos da cultura de origem são importantes para servir de referência ao indivíduo, ligando-o ao seu grupo.
Servem de experiências e sentimentos que ligam o indivíduo ao sentimento de estar incluído ao seu grupo. Essa vinculação está associada à noção de
(A) processo de inclusão.
(B) ação social.
(C) representação social.
X(D) pertencimento social.
(E) socialização.
36. “Por um lado, Boas também se dedicou a mostrar o absurdo da idéia de uma ligação entre traços físicos e traços mentais, dominante na época e implícita na noção de “raça”. Para ele, era evidente que os dois aspectos dependiam de análises completamente diferentes. E, precisamente por se opor a essa idéia, ele adotou o conceito de cultura que lhe parecia o mais apropriado para dar conta da diversidade humana. Para ele, não há diferença de “natureza” (biológica) entre primitivos e civilizados, somente diferenças de cultura, adquiridas e logo, não inatas.”
(Cuche; 2002:41-42)
Franz Boas (1858-1942), autor de origem alemã, realizou importantes pesquisas nos Estados Unidos com indígenas da costa noroeste desse país. Segundo o texto, pode-se afirmar que
(A) os traços mentais dos indivíduos dependem de seus traços físicos.
X(B) o conceito de cultura boasiano implica na ideia de diversidade cultural.
(C) as diferenças culturais entre primatas e civilizados são inatas.
(D) o conceito de cultura de Boas baseia-se na ideia de diferença de natureza entre primatas e civilizados.
(E) as noções de cultura e raça para Boas são equivalentes.
37. Cada grupo humano pensa e age com os valores de sua própria cultura; valoriza seus costumes como sendo superiores aos dos outros grupos; concebe os outros a partir da visão do mundo elaborada pela sua cultura – se vê no centro do mundo e das coisas. Essa postura é definida pela antropologia como
(A) etnovalorização.
(B) policentrismo.
(C) politeísmo.
X(D) etnocentrismo.
(E) culturalismo.
38. “O grande mérito de Malinowiki será, no entanto, demonstrar que não se pode estudar uma cultura analisando-a do exterior, e ainda menos a distância. Não se satisfazendo com a observação direta “em campo”, ele sistematizou o uso do método etnográfico chamado de “observação participante” (expressão criada por ele), único modo de conhecimento em profundidade da alteridade cultural que poderia escapar ao etnocentrismo.”
(Cuche; 2002: 73-74)
Bronislaw Malinovski (1884-1942) trouxe grande contribuição aos estudos da cultura no que se refere à metodologia do trabalho de campo. De acordo com o texto, é correto afirmar que
X(A) a pesquisa participante permite reconhecer a alteridade cultural.
(B) o método etnográfico reforça o etnocentrismo.
(C) a pesquisa participante permite estudar a cultura a distância.
(D) a observação direta em campo é uma postura investigativa etnocêntrica.
(E) alteridade e etnocentrismo são termos complementares na pesquisa.
39. Quando se trata dos aspectos culturais dentro de uma organização, de uma empresa, pode-se falar em microcultura. Elas são criadas internamente à própria organização levando em conta as relações de trabalho, tecnologia, rituais de produção, etc.
Um exemplo disso foi o que se denominou na década de 70 de “modelo japonês”. Nesse caso, com relação à identificação de uma cultura específica, pode-se falar em cultura
(A) oriental.
(B) material.
(C) de classe.
X(D) tecnológica.
(E) de empresa.
40. Pierre Bourdieu em sua obra Le Sens Pratique (1980), trata de certas disposições duráveis e transponíveis no interior de uma dada cultura, como sendo princípios geradores de práticas e representações que caracterizam uma classe ou grupo social em termos de “memória coletiva”. Essas disposições são chamadas por Bourdieu de
(A) história oral.
X(B) habitus.
(C) estratificação.
(D) status.
(E) ação social.
41. “Resumindo, o comportamento dos indivíduos depende de um aprendizado, de um processo que chamamos de endoculturação.
Um menino e uma menina agem diferentemente não em função de seus hormônios, mas em decorrência de uma educação diferenciada.”
(Laraia; 1989:20)
De acordo com o texto, o autor afirma que o comportamento humano depende da endoculturação contrariamente à tese do
(A) etnocentrismo.
(B) determinismo cultural.
X(C) determinismo biológico.
(D) culturalismo.
(E) antropocentrismo.
42. “Essas teorias, que foram desenvolvidas principalmente por geógrafos no final do século XIX e no início do século XX, ganharam uma grande popularidade. Exemplo significativo desse tipo de pensamento pode ser encontrado em Huntington, em seu livro Civilization and Climate, 1925, no qual formula uma relação entre as latitudes e os centros de civilização, considerando o clima como um fator importante na dinâmica do progresso.” (Laraia; 1989:21)
De acordo com o texto, essas teorias se referiam ao
(A) determinismo cultural.
(B) determinismo econômico.
(C) historicismo.
X(D) determinismo geográfico.
(E) difusionismo.
43. “No Brasil, assim, o indivíduo entra em cena todas as vezes que estamos diante da autoridade impessoal que representa a lei universalizante, a ser aplicada a todos. É, já vimos, quando usamos o “Você sabe com quem está falando?”ou formas mais sutis e brandas de revelar nossa “verdadeira” identidade social.
Não mais como cidadãos da República, iguais perante a lei, mas como pessoas da sociedade, relacionadas essencialmente com certas personalidades e situadas acima da lei.”
(Da Matta; 1990:194)
De acordo com o texto, o autor aponta para o uso da expressão “Você sabe com está falando?” no sentido de que ela revela
X(A) a identidade social de forma pessoalizada.
(B) a impessoalidade dos cidadãos perante a lei.
(C) a autoridade impessoal aplicada a todos.
(D) o reconhecimento da igualdade social.
(E) a identidade a partir da lei.
44. “Quando um indivíduo consegue atravessar a barreira de classe para ingressar no estrato superior e nele permanecer, pode-se notar em uma ou duas gerações seus descendentes crescerem em estatura, se embelezarem, se refinarem, se educarem, acabando por confundir-se com o patriciado tradicional.”
(Darcy Ribeiro – O Povo Brasileiro: a formação e o sentido do Brasil.
São Paulo; Cia. das Letras. 1998:211). Segundo o texto, pode-se afirmar que o autor se refere
(A) à dominação social.
X(B) à ascensão social.
(C) à subordinação social.
(D) ao conflito de classes.
(E) à marginalização.
45. “A noção de classe social é inseparável da noção de luta de classes. Grande parte das polêmicas teóricas entre marxistas e não-marxistas, entre marxistas de diversas tendências ou sem tendência, assim como entre sociólogos, tornam-se irrelevantes desde que se considere a noção de classe, não como uma noção estática – podendo, de fato, ser substituída por noções de camada, estrato, categoria sócio-profissional – mas como noção dinâmica, inseparável de sua referência histórica concreta, a luta subterrânea ou aberta, tácita ou violenta, com vistas a mudar a ordem social (e não a forma de poder político ou seus detentores).” (Lapassade e Lourou; 1972:68)
De acordo com o texto, pode-se afirmar que
(A) a noção de luta de classes e a noção de classe social são distintas.
(B) não há referências históricas concretas ligadas à noção de classe social.
(C) a noção de classe social é dinâmica com vistas a manter a ordem social.
X(D) a noção de classe social não se separa de sua referência histórica concreta.
(E) as polêmicas teóricas não-marxistas consideram a noção de classe social como estática.
46. “Um antropólogo propôs uma definição de raça na qual a expressão grupo étnico substitui o termo raça da seguinte maneira:
“Um grupo étnico é uma das numerosas populações que constituem a espécie Homo sapiens e que, individualmente, conserva suas diferenças físicas e culturais, por meio de mecanismos isoladores, tais como barreiras geográficas ou sociais.
As diferenças variarão de acordo com as resistências dessas barreiras. Onde elas forem frágeis, haverá maior hibridação entre os grupos vizinhos; onde elas forem rígidas , esses grupos étnicos tenderão a permanecer distintos ou a se sucederem geograficamente ou ecologicamente. (Montagu 1945:43)” (Mussolini; 1969:229)
De acordo com a citação apresentada, pode-se dizer que
(A) a expressão grupo étnico não substitui o termo raça.
(B) a maior hibridação entre grupos vizinhos ocorre quando as barreiras geográficas são rígidas.
X(C) os mecanismos isoladores permitem aos grupos étnicos conservarem suas diferenças.
(D) o termo raça se refere às populações que constituem a espécie Homo sapiens.
(E) os grupos étnicos não apresentam variações ao longo do tempo.
47. As bandeiras, brasões, a cruz, representam atitudes coletivas, mentalidades, significação, tanto para os indivíduos que os interpretam quanto para aqueles que os criaram, envolvendo
inclusive ideologias; possuem linguagem e apresentam elementos organizados de forma lógica. A essas representações materializadas nesses objetos chamamos de
(A) conceitos.
X(B) símbolos.
(C) mitos.
(D) enigmas.
(E) linguagens.
(A) Wright Mills.
(B) Henry Lefebvre.
(C) Peter Berger.
(D) Lucien Goldmam.
X(E) Erving Goffman
35. No processo de socialização, a incorporação de traços gerais característicos da cultura de origem são importantes para servir de referência ao indivíduo, ligando-o ao seu grupo.
Servem de experiências e sentimentos que ligam o indivíduo ao sentimento de estar incluído ao seu grupo. Essa vinculação está associada à noção de
(A) processo de inclusão.
(B) ação social.
(C) representação social.
X(D) pertencimento social.
(E) socialização.
36. “Por um lado, Boas também se dedicou a mostrar o absurdo da idéia de uma ligação entre traços físicos e traços mentais, dominante na época e implícita na noção de “raça”. Para ele, era evidente que os dois aspectos dependiam de análises completamente diferentes. E, precisamente por se opor a essa idéia, ele adotou o conceito de cultura que lhe parecia o mais apropriado para dar conta da diversidade humana. Para ele, não há diferença de “natureza” (biológica) entre primitivos e civilizados, somente diferenças de cultura, adquiridas e logo, não inatas.”
(Cuche; 2002:41-42)
Franz Boas (1858-1942), autor de origem alemã, realizou importantes pesquisas nos Estados Unidos com indígenas da costa noroeste desse país. Segundo o texto, pode-se afirmar que
(A) os traços mentais dos indivíduos dependem de seus traços físicos.
X(B) o conceito de cultura boasiano implica na ideia de diversidade cultural.
(C) as diferenças culturais entre primatas e civilizados são inatas.
(D) o conceito de cultura de Boas baseia-se na ideia de diferença de natureza entre primatas e civilizados.
(E) as noções de cultura e raça para Boas são equivalentes.
37. Cada grupo humano pensa e age com os valores de sua própria cultura; valoriza seus costumes como sendo superiores aos dos outros grupos; concebe os outros a partir da visão do mundo elaborada pela sua cultura – se vê no centro do mundo e das coisas. Essa postura é definida pela antropologia como
(A) etnovalorização.
(B) policentrismo.
(C) politeísmo.
X(D) etnocentrismo.
(E) culturalismo.
38. “O grande mérito de Malinowiki será, no entanto, demonstrar que não se pode estudar uma cultura analisando-a do exterior, e ainda menos a distância. Não se satisfazendo com a observação direta “em campo”, ele sistematizou o uso do método etnográfico chamado de “observação participante” (expressão criada por ele), único modo de conhecimento em profundidade da alteridade cultural que poderia escapar ao etnocentrismo.”
(Cuche; 2002: 73-74)
Bronislaw Malinovski (1884-1942) trouxe grande contribuição aos estudos da cultura no que se refere à metodologia do trabalho de campo. De acordo com o texto, é correto afirmar que
X(A) a pesquisa participante permite reconhecer a alteridade cultural.
(B) o método etnográfico reforça o etnocentrismo.
(C) a pesquisa participante permite estudar a cultura a distância.
(D) a observação direta em campo é uma postura investigativa etnocêntrica.
(E) alteridade e etnocentrismo são termos complementares na pesquisa.
39. Quando se trata dos aspectos culturais dentro de uma organização, de uma empresa, pode-se falar em microcultura. Elas são criadas internamente à própria organização levando em conta as relações de trabalho, tecnologia, rituais de produção, etc.
Um exemplo disso foi o que se denominou na década de 70 de “modelo japonês”. Nesse caso, com relação à identificação de uma cultura específica, pode-se falar em cultura
(A) oriental.
(B) material.
(C) de classe.
X(D) tecnológica.
(E) de empresa.
40. Pierre Bourdieu em sua obra Le Sens Pratique (1980), trata de certas disposições duráveis e transponíveis no interior de uma dada cultura, como sendo princípios geradores de práticas e representações que caracterizam uma classe ou grupo social em termos de “memória coletiva”. Essas disposições são chamadas por Bourdieu de
(A) história oral.
X(B) habitus.
(C) estratificação.
(D) status.
(E) ação social.
41. “Resumindo, o comportamento dos indivíduos depende de um aprendizado, de um processo que chamamos de endoculturação.
Um menino e uma menina agem diferentemente não em função de seus hormônios, mas em decorrência de uma educação diferenciada.”
(Laraia; 1989:20)
De acordo com o texto, o autor afirma que o comportamento humano depende da endoculturação contrariamente à tese do
(A) etnocentrismo.
(B) determinismo cultural.
X(C) determinismo biológico.
(D) culturalismo.
(E) antropocentrismo.
42. “Essas teorias, que foram desenvolvidas principalmente por geógrafos no final do século XIX e no início do século XX, ganharam uma grande popularidade. Exemplo significativo desse tipo de pensamento pode ser encontrado em Huntington, em seu livro Civilization and Climate, 1925, no qual formula uma relação entre as latitudes e os centros de civilização, considerando o clima como um fator importante na dinâmica do progresso.” (Laraia; 1989:21)
De acordo com o texto, essas teorias se referiam ao
(A) determinismo cultural.
(B) determinismo econômico.
(C) historicismo.
X(D) determinismo geográfico.
(E) difusionismo.
43. “No Brasil, assim, o indivíduo entra em cena todas as vezes que estamos diante da autoridade impessoal que representa a lei universalizante, a ser aplicada a todos. É, já vimos, quando usamos o “Você sabe com quem está falando?”ou formas mais sutis e brandas de revelar nossa “verdadeira” identidade social.
Não mais como cidadãos da República, iguais perante a lei, mas como pessoas da sociedade, relacionadas essencialmente com certas personalidades e situadas acima da lei.”
(Da Matta; 1990:194)
De acordo com o texto, o autor aponta para o uso da expressão “Você sabe com está falando?” no sentido de que ela revela
X(A) a identidade social de forma pessoalizada.
(B) a impessoalidade dos cidadãos perante a lei.
(C) a autoridade impessoal aplicada a todos.
(D) o reconhecimento da igualdade social.
(E) a identidade a partir da lei.
44. “Quando um indivíduo consegue atravessar a barreira de classe para ingressar no estrato superior e nele permanecer, pode-se notar em uma ou duas gerações seus descendentes crescerem em estatura, se embelezarem, se refinarem, se educarem, acabando por confundir-se com o patriciado tradicional.”
(Darcy Ribeiro – O Povo Brasileiro: a formação e o sentido do Brasil.
São Paulo; Cia. das Letras. 1998:211). Segundo o texto, pode-se afirmar que o autor se refere
(A) à dominação social.
X(B) à ascensão social.
(C) à subordinação social.
(D) ao conflito de classes.
(E) à marginalização.
45. “A noção de classe social é inseparável da noção de luta de classes. Grande parte das polêmicas teóricas entre marxistas e não-marxistas, entre marxistas de diversas tendências ou sem tendência, assim como entre sociólogos, tornam-se irrelevantes desde que se considere a noção de classe, não como uma noção estática – podendo, de fato, ser substituída por noções de camada, estrato, categoria sócio-profissional – mas como noção dinâmica, inseparável de sua referência histórica concreta, a luta subterrânea ou aberta, tácita ou violenta, com vistas a mudar a ordem social (e não a forma de poder político ou seus detentores).” (Lapassade e Lourou; 1972:68)
De acordo com o texto, pode-se afirmar que
(A) a noção de luta de classes e a noção de classe social são distintas.
(B) não há referências históricas concretas ligadas à noção de classe social.
(C) a noção de classe social é dinâmica com vistas a manter a ordem social.
X(D) a noção de classe social não se separa de sua referência histórica concreta.
(E) as polêmicas teóricas não-marxistas consideram a noção de classe social como estática.
46. “Um antropólogo propôs uma definição de raça na qual a expressão grupo étnico substitui o termo raça da seguinte maneira:
“Um grupo étnico é uma das numerosas populações que constituem a espécie Homo sapiens e que, individualmente, conserva suas diferenças físicas e culturais, por meio de mecanismos isoladores, tais como barreiras geográficas ou sociais.
As diferenças variarão de acordo com as resistências dessas barreiras. Onde elas forem frágeis, haverá maior hibridação entre os grupos vizinhos; onde elas forem rígidas , esses grupos étnicos tenderão a permanecer distintos ou a se sucederem geograficamente ou ecologicamente. (Montagu 1945:43)” (Mussolini; 1969:229)
De acordo com a citação apresentada, pode-se dizer que
(A) a expressão grupo étnico não substitui o termo raça.
(B) a maior hibridação entre grupos vizinhos ocorre quando as barreiras geográficas são rígidas.
X(C) os mecanismos isoladores permitem aos grupos étnicos conservarem suas diferenças.
(D) o termo raça se refere às populações que constituem a espécie Homo sapiens.
(E) os grupos étnicos não apresentam variações ao longo do tempo.
47. As bandeiras, brasões, a cruz, representam atitudes coletivas, mentalidades, significação, tanto para os indivíduos que os interpretam quanto para aqueles que os criaram, envolvendo
inclusive ideologias; possuem linguagem e apresentam elementos organizados de forma lógica. A essas representações materializadas nesses objetos chamamos de
(A) conceitos.
X(B) símbolos.
(C) mitos.
(D) enigmas.
(E) linguagens.
terça-feira, 5 de outubro de 2010
Ótimas frases de Friedrich Nietzsche!
É mais fácil lidar com uma má consciência do que com uma má reputação.
O amor é o estado no qual os homens têm mais probabilidades de ver as coisas tal como elas não são
Friedrich Nietzsche
Fonte:Pensador.Info
O amor é o estado no qual os homens têm mais probabilidades de ver as coisas tal como elas não são
Friedrich Nietzsche
Fonte:Pensador.Info
Questões de Sociologia - Vunesp!
Olá cocnurseiros, aqui estão algumas questões de Sociologia ue foram vistas em minhas aulas, para o concurso do Barro Branco!
67. Pode-se afirmar que os programas de seguridade social, quando implementados por governos democráticos, agem no sentido de garantir o estado de bem-estar na sociedade. No Brasil, alguns desses direitos sociais foram garantidos por políticas governamentais nos anos de 1966, 1971 e 1974, assegurando direitos aos trabalhadores. Assinale a alternativa que nomeia cada um desses programas segundo as datas, respectivamente,
(A) Funrural, Bolsa família e BNH.
(B) FGTS, Funrural e Bolsa família.
(C) CLT, Funrural e BNH.
(D) Bolsa família, CLT e FGTS.
(E) FGTS, Funrural e BNH.
68. Os direitos humanos no Brasil têm englobado as lutas sociais, étnicas e de gênero. Assim, pode-se afirmar que foram criadas leis específicas direcionadas a
(A) adolescentes e população pobre.
(B) adolescentes, negros e mulheres.
(C) movimentos sociais.
(D) negros e imigrantes.
(E) adolescentes e movimentos sociais.
69. “A maioria das sociedades apresenta uma divisão do trabalho baseada em padrões masculinos e femininos. Essa divisão se constitui em torno de uma tendência praticamente universal de separação da vida social entre esfera pública, associada ao homem (à política e ao mercado de trabalho), e esfera privada, doméstica, vinculada à reprodução e ao cuidado das crianças. Atribuir a todas as culturas os mesmos critérios para a separação entre as esferas pública e privada é, no mínimo, precipitado. Contudo, a divisão sexual do trabalho elabora-se sobre as diferenças biológicas, sendo que cada sociedade a organizaria e modificaria, ressaltando ou suprimindo características que possuem fundamentação biológica de acordo com valores, costumes e interpretações específicas.”
(Cláudia Viana e Sandra Ridente – Relações de Gênero e escola: das diferenças ao preconceito In Julio G, Aquino (org.) Diferenças Preconceitos: alternativas teóricas e práticas. São Paulo; Summus. 1998:97)
De acordo com o texto, as autoras se referem
(A) à divisão do trabalho na esfera pública.
(B) à esfera da vida doméstica.
(C) a relações de gênero.
(D) a diferenças étnicas.
(E) ao homem na vida doméstica.
70. “O presidencialismo brasileiro encontrava-se desajustado justamente pela dificuldade que o País tinha de viabilizar a reforma propriamente política. A transição democrática dos anos 80 caminhara com a dupla orientação de valorizar o Congresso e cercear o Executivo “imperial”, mas não reformara a política. Com isso, não havia atualizado os institutos representativos, não reequilibrara os poderes republicanos, não interferira na estrutura da federação. Em decorrência, o sistema presidencial assistiu à exacerbação de alguns de seus traços constitutivos: a tensão entre Executivo e Legislativo, o enfraquecimento dos órgãos centrais de planejamento e coordenação, o loteamento da máquina administrativa, a diluição do poder presidencial de comandar e controlar a Administração
Pública, a desorganização do processo orçamentário.” (Marco A. Nogueira – As Possibilidades da Política: ideias para a reforma democrática do Estado. São Paulo; Paz e Terra. 1998:163) De acordo com o texto, é correto afirmar que
(A) o sistema presidencial passou a controlar a máquina pública.
(B) os poderes Executivo e Legislativo se harmonizaram.
(C) a estrutura da federação se diluiu.
(D) os órgãos centrais de planejamento e coordenação se fortaleceram.
(E) o poder presidencial não controla a Administração Pública.
71. “Um processo de transformação capitalista assim estruturado não pode deixar de produzir forte impacto sobre a ordenação social como um todo. No Brasil, esse impacto foi em primeiro lugar de natureza “sociológica”. Afinal, da modernização conservadora resultou uma sociedade desigual, composta pela interpenetração e pela interpolação de tempos históricos diversos, fundada na não-inclusão e obrigada a despender energias humanas incalculáveis para garantir o prosseguimento da acumulação (digamos, a pagar um elevado custo social para realizar seus programas de crescimento).”
(Marco A. Nogueira – As Possibilidades da Política: ideias para a reforma democrática do Estado. São Paulo; Paz e Terra. 1998:271)
De acordo com o texto, pode-se afirmar que
(A) a grande transformação no Brasil foi a inclusão social.
(B) a acumulação se dá por meio de baixo custo social.
(C) a modernização conservadora propiciou uma sociedade desigual.
(D) os programas de crescimento são feitos com baixos custos.
(E) a não-inclusão foi causada por tempos históricos diversos.
73. Analise o texto. “O valor das pessoas varia de acordo com o seu lugar. Esta segregação possui ainda outro estilo: os alojamentos e os barracões. No eito, não se misturam os trabalhadores. Mineiros, baianos e os do “lugar” trabalham em talhões diferentes. Do mesmo modo, há uma separação no tocante aos locais de moradia. Os migrantes são destinados aos alojamentos das usinas situados no espaço dos canaviais.”
(Maria Ap. de Morais Silva – Errantes do fim do século. São Paulo; EDUNESP. 1999. p.242.)
Sobre o assunto do texto, assinale a alternativa correta.
(A) Os migrantes são integrados aos trabalhadores do lugar.
(B) O trabalho no canavial e nas moradias não distingue os trabalhadores.
(C) A segregação étnico-racial é diferenciada no campo.
(D) Os alojamentos e barracões são lugares urbanos.
(E) O lugar determina o valor das pessoas.
75. O Brasil surgiu como Estado uni-étnico, por mérito das classes dirigentes, que através da unificação política reprimiu sempre a diversidade étnica – ordenou e reprimiu a força de trabalho para interesses mercantis. A ideia de povo-nação tem base na proclamada unidade nacional e na uniformidade
étnico-cultural, que se apóia no fato de se falar a mesma língua, uma grande tradição católica e cultuar os mesmos símbolos nacionais (futebol, cerveja, mulata, carnaval, etc.).
Isso camufla e reforça a distância social entre ricos e pobres, reforçando a estratificação social e passando a ideia de uma (falsa) democracia racial. As classes subalternas sempre tiveram um grande potencial de rebelião a partir da desigualdade, injustiça e opressão, procurando sempre um projeto alternativo de organização social (confederação de índios, quilombos, ligas camponesas, cidades santas, terras comuns, etc.).
De acordo com o texto, pode-se afirmar que
(A) a unidade nacional proclama uma uniformidade étnicocultural.
(B) a categoria trabalho não está associada à formação cultural.
(C) a construção da unidade nacional incorpora a diversidade étnica.
(D) o processo de exclusão racial não está caracterizado no mercado de trabalho.
(E) a população negra não elabora culturalmente a categoria trabalho.
76. O desenvolvimento do governo JK direcionou as políticas governamentais a setores da economia nacional: como transportes, educação, indústria de base, alimentação, etc. Muitos projetos, estudos e políticas públicas foram elaborados por instituições que deram subsídios para a execução do Plano de Metas, a saber:
(A) Instituto Superior de Estudos Brasileiros, SUDENE e CEPAL.
(B) ISEB, SUDENE e ONU.
(C) SUDENE, CEPAL e ALCA.
(D) Instituto Superior de Estudos Brasileiros, CEPAL e ALCA.
(E) ISEB, OEA e SUDENE.
77. A Lei Federal n.º 8.069 de 13.07.1990 traz a criação do Conselho Tutelar como instância de ação direta junto à população. Assinale a alternativa que se refere a essa lei.
(A) Estatuto do Trabalhador Rural.
(B) Estatuto da Criança e do Adolescente.
(C) Fundo de Proteção ao Menor.
(D) Estatuto do Idoso.
(E) Declaração de Direitos Humanos.
78. Mecanismos de combate à violência doméstica e familiar contra a mulher foram criados pela Lei n.º 11.340, de 07 de Agosto de 2006. Essa lei ficou conhecida com o nome de
(A) Lei da Mulher.
(B) Lei Margarida Maria.
(C) Lei Amélia da Penha.
(D) Lei Maria da Penha.
(E) Lei Áurea.
79. Para os grupos indígenas, a construção de seu espaço de vida implica uma percepção do território enquanto “domínio histórico”, isto é, engloba os antigos sítios material e simbólico; áreas onde se encontram os recursos naturais fundamentais à sua reprodução econômica e cultural; suas trilhas e caminhos; cemitérios e as outras aldeias em que viveram seus antepassados. É um espaço construído segundo as relações sociais materiais e simbólicas com a natureza, com os outros grupos indígenas e também com a sociedade nacional. Isto não é apenas
conteúdo de uma concepção indígena sobre a terra, mas se encontra formulada no art. 231 parágrafo 1.º da Constituição Federal de 1988. Neste parágrafo, consideram-se terras tradicionalmente ocupadas pelos índios, aquelas utilizadas para suas atividades produtivas, às imprescindíveis à preservação dos recursos ambientais necessários à sua reprodução física e cultural, segundo usos, costumes e tradições.
De acordo com o texto, pode-se dizer que
(A) a Constituição Federal de 1988 considera terras indígenas aquelas passíveis de desapropriação.
(B) a concepção indígena sobre sua terra separa natureza e sociedade.
(C) a concepção indígena sobre sua terra engloba costumes e tradição.
(D) a preservação dos recursos ambientais em áreas indígenas não está prevista em lei.
(E) trilhas, caminhos e cemitérios não são referências para a população indígena.
67. Pode-se afirmar que os programas de seguridade social, quando implementados por governos democráticos, agem no sentido de garantir o estado de bem-estar na sociedade. No Brasil, alguns desses direitos sociais foram garantidos por políticas governamentais nos anos de 1966, 1971 e 1974, assegurando direitos aos trabalhadores. Assinale a alternativa que nomeia cada um desses programas segundo as datas, respectivamente,
(A) Funrural, Bolsa família e BNH.
(B) FGTS, Funrural e Bolsa família.
(C) CLT, Funrural e BNH.
(D) Bolsa família, CLT e FGTS.
(E) FGTS, Funrural e BNH.
68. Os direitos humanos no Brasil têm englobado as lutas sociais, étnicas e de gênero. Assim, pode-se afirmar que foram criadas leis específicas direcionadas a
(A) adolescentes e população pobre.
(B) adolescentes, negros e mulheres.
(C) movimentos sociais.
(D) negros e imigrantes.
(E) adolescentes e movimentos sociais.
69. “A maioria das sociedades apresenta uma divisão do trabalho baseada em padrões masculinos e femininos. Essa divisão se constitui em torno de uma tendência praticamente universal de separação da vida social entre esfera pública, associada ao homem (à política e ao mercado de trabalho), e esfera privada, doméstica, vinculada à reprodução e ao cuidado das crianças. Atribuir a todas as culturas os mesmos critérios para a separação entre as esferas pública e privada é, no mínimo, precipitado. Contudo, a divisão sexual do trabalho elabora-se sobre as diferenças biológicas, sendo que cada sociedade a organizaria e modificaria, ressaltando ou suprimindo características que possuem fundamentação biológica de acordo com valores, costumes e interpretações específicas.”
(Cláudia Viana e Sandra Ridente – Relações de Gênero e escola: das diferenças ao preconceito In Julio G, Aquino (org.) Diferenças Preconceitos: alternativas teóricas e práticas. São Paulo; Summus. 1998:97)
De acordo com o texto, as autoras se referem
(A) à divisão do trabalho na esfera pública.
(B) à esfera da vida doméstica.
(C) a relações de gênero.
(D) a diferenças étnicas.
(E) ao homem na vida doméstica.
70. “O presidencialismo brasileiro encontrava-se desajustado justamente pela dificuldade que o País tinha de viabilizar a reforma propriamente política. A transição democrática dos anos 80 caminhara com a dupla orientação de valorizar o Congresso e cercear o Executivo “imperial”, mas não reformara a política. Com isso, não havia atualizado os institutos representativos, não reequilibrara os poderes republicanos, não interferira na estrutura da federação. Em decorrência, o sistema presidencial assistiu à exacerbação de alguns de seus traços constitutivos: a tensão entre Executivo e Legislativo, o enfraquecimento dos órgãos centrais de planejamento e coordenação, o loteamento da máquina administrativa, a diluição do poder presidencial de comandar e controlar a Administração
Pública, a desorganização do processo orçamentário.” (Marco A. Nogueira – As Possibilidades da Política: ideias para a reforma democrática do Estado. São Paulo; Paz e Terra. 1998:163) De acordo com o texto, é correto afirmar que
(A) o sistema presidencial passou a controlar a máquina pública.
(B) os poderes Executivo e Legislativo se harmonizaram.
(C) a estrutura da federação se diluiu.
(D) os órgãos centrais de planejamento e coordenação se fortaleceram.
(E) o poder presidencial não controla a Administração Pública.
71. “Um processo de transformação capitalista assim estruturado não pode deixar de produzir forte impacto sobre a ordenação social como um todo. No Brasil, esse impacto foi em primeiro lugar de natureza “sociológica”. Afinal, da modernização conservadora resultou uma sociedade desigual, composta pela interpenetração e pela interpolação de tempos históricos diversos, fundada na não-inclusão e obrigada a despender energias humanas incalculáveis para garantir o prosseguimento da acumulação (digamos, a pagar um elevado custo social para realizar seus programas de crescimento).”
(Marco A. Nogueira – As Possibilidades da Política: ideias para a reforma democrática do Estado. São Paulo; Paz e Terra. 1998:271)
De acordo com o texto, pode-se afirmar que
(A) a grande transformação no Brasil foi a inclusão social.
(B) a acumulação se dá por meio de baixo custo social.
(C) a modernização conservadora propiciou uma sociedade desigual.
(D) os programas de crescimento são feitos com baixos custos.
(E) a não-inclusão foi causada por tempos históricos diversos.
73. Analise o texto. “O valor das pessoas varia de acordo com o seu lugar. Esta segregação possui ainda outro estilo: os alojamentos e os barracões. No eito, não se misturam os trabalhadores. Mineiros, baianos e os do “lugar” trabalham em talhões diferentes. Do mesmo modo, há uma separação no tocante aos locais de moradia. Os migrantes são destinados aos alojamentos das usinas situados no espaço dos canaviais.”
(Maria Ap. de Morais Silva – Errantes do fim do século. São Paulo; EDUNESP. 1999. p.242.)
Sobre o assunto do texto, assinale a alternativa correta.
(A) Os migrantes são integrados aos trabalhadores do lugar.
(B) O trabalho no canavial e nas moradias não distingue os trabalhadores.
(C) A segregação étnico-racial é diferenciada no campo.
(D) Os alojamentos e barracões são lugares urbanos.
(E) O lugar determina o valor das pessoas.
75. O Brasil surgiu como Estado uni-étnico, por mérito das classes dirigentes, que através da unificação política reprimiu sempre a diversidade étnica – ordenou e reprimiu a força de trabalho para interesses mercantis. A ideia de povo-nação tem base na proclamada unidade nacional e na uniformidade
étnico-cultural, que se apóia no fato de se falar a mesma língua, uma grande tradição católica e cultuar os mesmos símbolos nacionais (futebol, cerveja, mulata, carnaval, etc.).
Isso camufla e reforça a distância social entre ricos e pobres, reforçando a estratificação social e passando a ideia de uma (falsa) democracia racial. As classes subalternas sempre tiveram um grande potencial de rebelião a partir da desigualdade, injustiça e opressão, procurando sempre um projeto alternativo de organização social (confederação de índios, quilombos, ligas camponesas, cidades santas, terras comuns, etc.).
De acordo com o texto, pode-se afirmar que
(A) a unidade nacional proclama uma uniformidade étnicocultural.
(B) a categoria trabalho não está associada à formação cultural.
(C) a construção da unidade nacional incorpora a diversidade étnica.
(D) o processo de exclusão racial não está caracterizado no mercado de trabalho.
(E) a população negra não elabora culturalmente a categoria trabalho.
76. O desenvolvimento do governo JK direcionou as políticas governamentais a setores da economia nacional: como transportes, educação, indústria de base, alimentação, etc. Muitos projetos, estudos e políticas públicas foram elaborados por instituições que deram subsídios para a execução do Plano de Metas, a saber:
(A) Instituto Superior de Estudos Brasileiros, SUDENE e CEPAL.
(B) ISEB, SUDENE e ONU.
(C) SUDENE, CEPAL e ALCA.
(D) Instituto Superior de Estudos Brasileiros, CEPAL e ALCA.
(E) ISEB, OEA e SUDENE.
77. A Lei Federal n.º 8.069 de 13.07.1990 traz a criação do Conselho Tutelar como instância de ação direta junto à população. Assinale a alternativa que se refere a essa lei.
(A) Estatuto do Trabalhador Rural.
(B) Estatuto da Criança e do Adolescente.
(C) Fundo de Proteção ao Menor.
(D) Estatuto do Idoso.
(E) Declaração de Direitos Humanos.
78. Mecanismos de combate à violência doméstica e familiar contra a mulher foram criados pela Lei n.º 11.340, de 07 de Agosto de 2006. Essa lei ficou conhecida com o nome de
(A) Lei da Mulher.
(B) Lei Margarida Maria.
(C) Lei Amélia da Penha.
(D) Lei Maria da Penha.
(E) Lei Áurea.
79. Para os grupos indígenas, a construção de seu espaço de vida implica uma percepção do território enquanto “domínio histórico”, isto é, engloba os antigos sítios material e simbólico; áreas onde se encontram os recursos naturais fundamentais à sua reprodução econômica e cultural; suas trilhas e caminhos; cemitérios e as outras aldeias em que viveram seus antepassados. É um espaço construído segundo as relações sociais materiais e simbólicas com a natureza, com os outros grupos indígenas e também com a sociedade nacional. Isto não é apenas
conteúdo de uma concepção indígena sobre a terra, mas se encontra formulada no art. 231 parágrafo 1.º da Constituição Federal de 1988. Neste parágrafo, consideram-se terras tradicionalmente ocupadas pelos índios, aquelas utilizadas para suas atividades produtivas, às imprescindíveis à preservação dos recursos ambientais necessários à sua reprodução física e cultural, segundo usos, costumes e tradições.
De acordo com o texto, pode-se dizer que
(A) a Constituição Federal de 1988 considera terras indígenas aquelas passíveis de desapropriação.
(B) a concepção indígena sobre sua terra separa natureza e sociedade.
(C) a concepção indígena sobre sua terra engloba costumes e tradição.
(D) a preservação dos recursos ambientais em áreas indígenas não está prevista em lei.
(E) trilhas, caminhos e cemitérios não são referências para a população indígena.
domingo, 3 de outubro de 2010
VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E FAMILIAR
27/3/2008 · 43 · 9 Paróquia São José Operário / Pastoral familiar
VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E FAMILIAR
Palestra de Clério José Borges (Comunidade São Paulo)
A VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E FAMILIAR é a violência, explícita ou velada (obscura, encoberta, palavra que vem do Latim "velare", que significava “cobrir com um véu”), praticada dentro de casa, usualmente entre parentes (marido e mulher). Inclui diversas práticas, como a violência e o abuso sexual contra as crianças, violência contra a mulher, maus-tratos contra idosos, e a violência sexual contra o parceiro.
TIPOS DE VIOLÊNCIA - Pode ser dividida em: Violência física — quando envolve agressão direta, contra pessoas queridas do agredido ou destruição de objetos e pertences do mesmo; Violência psicológica — quando envolve agressão verbal, ameaças, gestos e posturas agressivas; Violência sócio-econômica, quando envolve o controle da vida social da vítima ou de seus recursos econômicos. Também alguns consideram como violência doméstica o abandono e a negligência de crianças, parceiros ou idosos. Estatisticamente a violência contra a mulher é muito maior do que a contra o homem. Em geral os homens que batem nas mulheres o fazem entre quatro paredes, para que não sejam vistos por parentes, amigos, familiares e colegas do trabalho. Outro fato interessante é que a maioria dos casos de violência doméstica, registrados nas Unidades Policiais são de mulheres de classes financeiras mais baixas. A classe média e a alta também tem casos, mas as mulheres denunciam menos por vergonha e medo de se exporem e a sua família. A violência praticada contra o homem, embora incomum, existe. Pode ter como agente tanto a própria mulher quanto parentes ou amigos, convencidos a espancar ou humilhar o companheiro.
VIOLÊNCIA CONTRA A CRIANÇA - A família como base do desenvolvimento humano deve ser o ponto de partida para uma criança receber orientação e amor. No entanto, diversas famílias proporcionam esse desenvolvimento moldado por agressões gratuitas ou ainda violência justificada supostamente pelo amor. A perpetuação da violência assegura e reforça as relações de poder historicamente desiguais e injustas entre os membros da família. Reproduz, dessa maneira, uma atitude doente, de geração em geração, que se repete e se agrava através dos tempos. Pessoas que sofreram violência na infância, quando crescem, reproduzem essa atitude, tornando-se adultos violentos. A violência não é hereditária, mas sim aprendida.
AUTORIDADE DOS PAIS - É importante ressaltar que a autoridade dos pais na família deve ser fundamentada no respeito e não nas relações de poder exercidas pelos mais fortes sobre os mais fracos. Os pais fazem uso da necessidade que os filhos têm de seus cuidados e, com esse poder, manipulam a relação. O pátrio poder em relação à criança cria uma dependência ainda mais cruel ao passo que o filho fica à espera de amor, mas os pais em vez de conceder, resolvem retirar esse sentimento, ou ainda transformá-lo em algo bem perverso. Os pais são capazes de criar uma confusão imensa nos filhos quando o maltratam e dizem que fazem em nome do amor.
FORÇA E PODER - Lamentavelmente, o que se ouve com grande freqüência é: ‘um tapinha não faz mal a ninguém’. Tal expressão não se justifica, já que toda ação que causa dor física numa criança, varia desde um simples tapa, um beliscão até o espancamento fatal. Embora um beliscão, um tapa e um espancamento sejam diferentes, o princípio que rege os três tipos de atitude é exatamente o mesmo: Utilizar a força e o poder. Muitos pais dizem crer que uma ‘simples palmadinha’ não é violência e que pode ser um recurso eficiente. No entanto, bater não passa de uma atitude equivocada de descarregar a tensão e a raiva em alguém próximo e que não pode se defender.
VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER - A Lei Federal Nº 11.340, de 07/08/2006 cria mecanismos para coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher, nos termos do § 8º do art. 226 da Constituição Federal que diz que o Estado assegurará a assistência à família na pessoa de cada um dos que a integram, criando mecanismos para coibir a violência no âmbito de suas relações. A Lei entrou em vigor no dia 22/09/2006 e altera o Código Penal Brasileiro e possibilita que agressores de mulheres no âmbito doméstico ou familiar sejam presos em flagrante ou tenham sua prisão preventiva decretada, estes agressores também não poderão mais ser punidos com penas alternativas, sendo que a legislação também aumenta o tempo máximo de detenção previsto de um para três anos. A nova lei ainda prevê medidas que vão desde a saída do agressor do domicílio e a proibição de sua aproximação da mulher agredida e filhos. A Lei é conhecida como Lei Maria da Penha. O nome da lei é uma homenagem a Maria da Penha Maia, do Estado do Ceará, que foi agredida pelo marido durante seis anos. O texto define as formas de violência vividas por mulheres no cotidiano: física, psicológica, sexual, patrimonial e moral. Antes da Lei Maria da Penha, os casos de violência contra a mulher eram tratados pelo Código Penal e as penas dos crimes iam até dois anos de prisão (como lesão corporal leve e ameaça) e podiam ser levados aos Juizados Especiais Criminais, que podia trocar a prisão do agressor por penas alternativas. Muitas vezes, com medo de represália, a própria vítima retirava a queixa na delegacia, antes mesmo do caso sequer chegar ao juizado. Com a nova legislação mesmo que a vítima queira desistir, só poderá fazê-lo em audiência, na presença do juiz. A Violência contra a mulher é ação ou omissão baseada no gênero que lhe cause morte, lesão, sofrimento físico, sexual ou psicológico, dano moral ou patrimonial.
TIPOS DE CRIMES E PENALIDADES - Os Crimes mais comuns da Violência Doméstica Familiar são: Lesão Corporal, Ameaça, Homicídio e Tentativa de Homicídio, entre outros crimes. Segundo algumas estatísticas, a violência repentina do parceiro, marido, namorado ou pai, é a primeira causa da morte e invalidez permanente para as mulheres entre 16 e 44 anos, mais que o câncer, acidentes de trânsito e a guerra.
AÇÃO E REAÇÃO - Nos últimos anos, a sociedade brasileira entrou no grupo das sociedades mais violentas do mundo. A questão que precisamos descobrir é porque esses índices aumentaram tanto nos últimos anos. Já é tempo da sociedade brasileira se conscientizar de que, violência não é ação. Violência é, na verdade, reação. O ser humano não comete violência sem motivo. É verdade que algumas vezes as violências recaem sob pessoas erradas, (pessoas inocentes que não cometeram as ações que estimularam a violência).
CAUSAS DA VIOLÊNCIA - As principais causas da violência são: O desrespeito -- A prepotência -- Crises de raiva causadas por fracassos e frustrações -- Crises mentais (loucura conseqüente de anomalias patológicas que, em geral, são casos raros). Outro problema atrelado à violência familiar é a bebida alcoólica, que está presente em 95% dos casos. Exceto nos casos de loucura e alcoolismo, a violência pode ser interpretada como uma tentativa de corrigir o que o diálogo não foi capaz de resolver. A violência funciona como um último recurso que tenta restabelecer o que é justo segundo a ótica do agressor. Em geral, a violência tem uma motivação corretiva que tenta consertar o que o diálogo não foi capaz de solucionar. Portanto, sempre que houver violência é porque, alguma coisa, já estava errada. É essa “coisa errada” a real causa que precisa ser corrigida para diminuirmos os tipos de violências.
AÇÕES ERRADAS - No Brasil, a principal “ação errada”, que antecede a violência é o desrespeito, que é conseqüente das injustiças e afrontamentos, sejam sociais, sejam econômicos, sejam de relacionamentos conjugais, etc. Quando um cidadão agride o outro, ou mata o outro, normalmente o faz em função de alguma situação que considerou desrespeitosa, mesmo que a questão inicial tenha sido banal como um simples pisão no pé ou uma dívida de centavos. Em geral, a raiva que enlouquece a ponto de gerar a violência é conseqüência do nível de desrespeito envolvido na respectiva questão. Portanto, até mesmo um palavrão pode se transformar em desrespeito e produzir violência. Logo, a exploração, o calote, a prepotência, a traição, a infidelidade, a mentira etc., são atitudes de desrespeito e se não forem muito bem explicadas, e justificadas (com pedidos de desculpas e de arrependimento), certamente que ao seu tempo resultarão em violências. É de desrespeito em desrespeito que as pessoas acumulam tensões nervosas que, mais tarde, explodem sob a forma de violência.
TIPOS DE DESRESPEITOS - Sabendo-se que o desrespeito é o principal causador de violência, podemos então combater a violência diminuindo os diferentes tipos de desrespeito: Seja o desrespeito econômico, o desrespeito social, o desrespeito conjugal, o desrespeito familiar e o desrespeito entre as pessoas (a “má educação”). Em termos pessoais, a melhor maneira de prevenir a violência é agir com o máximo de respeito diante de toda e qualquer situação.
DESTRUIÇÃO DOS VALORES MORAIS - A vulgaridade vem destruindo valores morais e tornando as pessoas irresponsáveis, imprudentes, desrespeitadoras e inconseqüentes. A irreverência e o excesso de liberdades (libertinagens, estimuladas principalmente pela TV), também produzem desrespeito. E, o desrespeito, produz desejos de vingança que se transformam em violência. No âmbito Familiar a boa educação se faz com corretos deveres e não com direitos insensatos. É preciso educar nossos adolescentes com mais realismo e seriedade para mantê-los longe de problemas, fracassos, marginalidade e violência. Se diminuirmos os ilusórios direitos (fenômeno da banalização ou vulgarização dos direitos fundamentais, causadores de rebeldias, prepotências e desrespeitos) e reforçarmos os deveres, o país não precisará colocar armas de guerra nas mãos da polícia.
AMAR O PRÓXIMO - O mau uso da palavra, amar, pela nossa Sociedade e pela nossa Mídia, que insiste em relacioná-la tão freqüentemente ao namoro e ao sexo, acaba nos confundindo. No entanto, mesmo antes da era cristã, amar era se relacionar com total igualdade de consideração, sem superioridade ou inferioridade e com tolerância às normais falhas e diferenças dos seres humanos. Amar o próximo (na sua definição mais simples) é não lhe fazer coisas que nós não gostamos que sejam feitas conosco. O que nós não gostamos de receber, o nosso semelhante também não deve gostar. Se respeitarmos essa regra, nos tornaremos cooperadores um do outro ao invés de destruidores, um do outro, como tem acontecido tão freqüentemente na nossa sociedade.
AMOR FRATERNAL - Precisamos entender melhor o que é amor fraternal para colhermos uma boa convivência pessoal, familiar e social. E, para entendermos bem o que é Amor Fraternal, torna-se importante que tenhamos sempre presente que Jesus nos ama e Deus é amor. O amor de Deus é incondicional, não depende de uma resposta positiva: "Eu amo-te, se, tu me amares também". O amor de Deus diz: "Eu amo-te, mesmo que tu me rejeites que fales mal de mim, que me persigas". A Bíblia descreve o Amor em 1 Coríntios 13:4-7: “O amor é sofredor, é benigno; o amor não é invejoso; o amor não se vangloria, não se ensoberbece, não se porta inconvenientemente, não busca os seus próprios interesses, não se irrita, não suspeita mal; não se regozija com a injustiça, mas se regozija com a verdade; tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.”
Clerio José Borges é Escritor e Historiador. Autor do Livro História da Serra. Web Site na Internet: www.clerioborges.com.br
VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E FAMILIAR
Palestra de Clério José Borges (Comunidade São Paulo)
A VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E FAMILIAR é a violência, explícita ou velada (obscura, encoberta, palavra que vem do Latim "velare", que significava “cobrir com um véu”), praticada dentro de casa, usualmente entre parentes (marido e mulher). Inclui diversas práticas, como a violência e o abuso sexual contra as crianças, violência contra a mulher, maus-tratos contra idosos, e a violência sexual contra o parceiro.
TIPOS DE VIOLÊNCIA - Pode ser dividida em: Violência física — quando envolve agressão direta, contra pessoas queridas do agredido ou destruição de objetos e pertences do mesmo; Violência psicológica — quando envolve agressão verbal, ameaças, gestos e posturas agressivas; Violência sócio-econômica, quando envolve o controle da vida social da vítima ou de seus recursos econômicos. Também alguns consideram como violência doméstica o abandono e a negligência de crianças, parceiros ou idosos. Estatisticamente a violência contra a mulher é muito maior do que a contra o homem. Em geral os homens que batem nas mulheres o fazem entre quatro paredes, para que não sejam vistos por parentes, amigos, familiares e colegas do trabalho. Outro fato interessante é que a maioria dos casos de violência doméstica, registrados nas Unidades Policiais são de mulheres de classes financeiras mais baixas. A classe média e a alta também tem casos, mas as mulheres denunciam menos por vergonha e medo de se exporem e a sua família. A violência praticada contra o homem, embora incomum, existe. Pode ter como agente tanto a própria mulher quanto parentes ou amigos, convencidos a espancar ou humilhar o companheiro.
VIOLÊNCIA CONTRA A CRIANÇA - A família como base do desenvolvimento humano deve ser o ponto de partida para uma criança receber orientação e amor. No entanto, diversas famílias proporcionam esse desenvolvimento moldado por agressões gratuitas ou ainda violência justificada supostamente pelo amor. A perpetuação da violência assegura e reforça as relações de poder historicamente desiguais e injustas entre os membros da família. Reproduz, dessa maneira, uma atitude doente, de geração em geração, que se repete e se agrava através dos tempos. Pessoas que sofreram violência na infância, quando crescem, reproduzem essa atitude, tornando-se adultos violentos. A violência não é hereditária, mas sim aprendida.
AUTORIDADE DOS PAIS - É importante ressaltar que a autoridade dos pais na família deve ser fundamentada no respeito e não nas relações de poder exercidas pelos mais fortes sobre os mais fracos. Os pais fazem uso da necessidade que os filhos têm de seus cuidados e, com esse poder, manipulam a relação. O pátrio poder em relação à criança cria uma dependência ainda mais cruel ao passo que o filho fica à espera de amor, mas os pais em vez de conceder, resolvem retirar esse sentimento, ou ainda transformá-lo em algo bem perverso. Os pais são capazes de criar uma confusão imensa nos filhos quando o maltratam e dizem que fazem em nome do amor.
FORÇA E PODER - Lamentavelmente, o que se ouve com grande freqüência é: ‘um tapinha não faz mal a ninguém’. Tal expressão não se justifica, já que toda ação que causa dor física numa criança, varia desde um simples tapa, um beliscão até o espancamento fatal. Embora um beliscão, um tapa e um espancamento sejam diferentes, o princípio que rege os três tipos de atitude é exatamente o mesmo: Utilizar a força e o poder. Muitos pais dizem crer que uma ‘simples palmadinha’ não é violência e que pode ser um recurso eficiente. No entanto, bater não passa de uma atitude equivocada de descarregar a tensão e a raiva em alguém próximo e que não pode se defender.
VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER - A Lei Federal Nº 11.340, de 07/08/2006 cria mecanismos para coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher, nos termos do § 8º do art. 226 da Constituição Federal que diz que o Estado assegurará a assistência à família na pessoa de cada um dos que a integram, criando mecanismos para coibir a violência no âmbito de suas relações. A Lei entrou em vigor no dia 22/09/2006 e altera o Código Penal Brasileiro e possibilita que agressores de mulheres no âmbito doméstico ou familiar sejam presos em flagrante ou tenham sua prisão preventiva decretada, estes agressores também não poderão mais ser punidos com penas alternativas, sendo que a legislação também aumenta o tempo máximo de detenção previsto de um para três anos. A nova lei ainda prevê medidas que vão desde a saída do agressor do domicílio e a proibição de sua aproximação da mulher agredida e filhos. A Lei é conhecida como Lei Maria da Penha. O nome da lei é uma homenagem a Maria da Penha Maia, do Estado do Ceará, que foi agredida pelo marido durante seis anos. O texto define as formas de violência vividas por mulheres no cotidiano: física, psicológica, sexual, patrimonial e moral. Antes da Lei Maria da Penha, os casos de violência contra a mulher eram tratados pelo Código Penal e as penas dos crimes iam até dois anos de prisão (como lesão corporal leve e ameaça) e podiam ser levados aos Juizados Especiais Criminais, que podia trocar a prisão do agressor por penas alternativas. Muitas vezes, com medo de represália, a própria vítima retirava a queixa na delegacia, antes mesmo do caso sequer chegar ao juizado. Com a nova legislação mesmo que a vítima queira desistir, só poderá fazê-lo em audiência, na presença do juiz. A Violência contra a mulher é ação ou omissão baseada no gênero que lhe cause morte, lesão, sofrimento físico, sexual ou psicológico, dano moral ou patrimonial.
TIPOS DE CRIMES E PENALIDADES - Os Crimes mais comuns da Violência Doméstica Familiar são: Lesão Corporal, Ameaça, Homicídio e Tentativa de Homicídio, entre outros crimes. Segundo algumas estatísticas, a violência repentina do parceiro, marido, namorado ou pai, é a primeira causa da morte e invalidez permanente para as mulheres entre 16 e 44 anos, mais que o câncer, acidentes de trânsito e a guerra.
AÇÃO E REAÇÃO - Nos últimos anos, a sociedade brasileira entrou no grupo das sociedades mais violentas do mundo. A questão que precisamos descobrir é porque esses índices aumentaram tanto nos últimos anos. Já é tempo da sociedade brasileira se conscientizar de que, violência não é ação. Violência é, na verdade, reação. O ser humano não comete violência sem motivo. É verdade que algumas vezes as violências recaem sob pessoas erradas, (pessoas inocentes que não cometeram as ações que estimularam a violência).
CAUSAS DA VIOLÊNCIA - As principais causas da violência são: O desrespeito -- A prepotência -- Crises de raiva causadas por fracassos e frustrações -- Crises mentais (loucura conseqüente de anomalias patológicas que, em geral, são casos raros). Outro problema atrelado à violência familiar é a bebida alcoólica, que está presente em 95% dos casos. Exceto nos casos de loucura e alcoolismo, a violência pode ser interpretada como uma tentativa de corrigir o que o diálogo não foi capaz de resolver. A violência funciona como um último recurso que tenta restabelecer o que é justo segundo a ótica do agressor. Em geral, a violência tem uma motivação corretiva que tenta consertar o que o diálogo não foi capaz de solucionar. Portanto, sempre que houver violência é porque, alguma coisa, já estava errada. É essa “coisa errada” a real causa que precisa ser corrigida para diminuirmos os tipos de violências.
AÇÕES ERRADAS - No Brasil, a principal “ação errada”, que antecede a violência é o desrespeito, que é conseqüente das injustiças e afrontamentos, sejam sociais, sejam econômicos, sejam de relacionamentos conjugais, etc. Quando um cidadão agride o outro, ou mata o outro, normalmente o faz em função de alguma situação que considerou desrespeitosa, mesmo que a questão inicial tenha sido banal como um simples pisão no pé ou uma dívida de centavos. Em geral, a raiva que enlouquece a ponto de gerar a violência é conseqüência do nível de desrespeito envolvido na respectiva questão. Portanto, até mesmo um palavrão pode se transformar em desrespeito e produzir violência. Logo, a exploração, o calote, a prepotência, a traição, a infidelidade, a mentira etc., são atitudes de desrespeito e se não forem muito bem explicadas, e justificadas (com pedidos de desculpas e de arrependimento), certamente que ao seu tempo resultarão em violências. É de desrespeito em desrespeito que as pessoas acumulam tensões nervosas que, mais tarde, explodem sob a forma de violência.
TIPOS DE DESRESPEITOS - Sabendo-se que o desrespeito é o principal causador de violência, podemos então combater a violência diminuindo os diferentes tipos de desrespeito: Seja o desrespeito econômico, o desrespeito social, o desrespeito conjugal, o desrespeito familiar e o desrespeito entre as pessoas (a “má educação”). Em termos pessoais, a melhor maneira de prevenir a violência é agir com o máximo de respeito diante de toda e qualquer situação.
DESTRUIÇÃO DOS VALORES MORAIS - A vulgaridade vem destruindo valores morais e tornando as pessoas irresponsáveis, imprudentes, desrespeitadoras e inconseqüentes. A irreverência e o excesso de liberdades (libertinagens, estimuladas principalmente pela TV), também produzem desrespeito. E, o desrespeito, produz desejos de vingança que se transformam em violência. No âmbito Familiar a boa educação se faz com corretos deveres e não com direitos insensatos. É preciso educar nossos adolescentes com mais realismo e seriedade para mantê-los longe de problemas, fracassos, marginalidade e violência. Se diminuirmos os ilusórios direitos (fenômeno da banalização ou vulgarização dos direitos fundamentais, causadores de rebeldias, prepotências e desrespeitos) e reforçarmos os deveres, o país não precisará colocar armas de guerra nas mãos da polícia.
AMAR O PRÓXIMO - O mau uso da palavra, amar, pela nossa Sociedade e pela nossa Mídia, que insiste em relacioná-la tão freqüentemente ao namoro e ao sexo, acaba nos confundindo. No entanto, mesmo antes da era cristã, amar era se relacionar com total igualdade de consideração, sem superioridade ou inferioridade e com tolerância às normais falhas e diferenças dos seres humanos. Amar o próximo (na sua definição mais simples) é não lhe fazer coisas que nós não gostamos que sejam feitas conosco. O que nós não gostamos de receber, o nosso semelhante também não deve gostar. Se respeitarmos essa regra, nos tornaremos cooperadores um do outro ao invés de destruidores, um do outro, como tem acontecido tão freqüentemente na nossa sociedade.
AMOR FRATERNAL - Precisamos entender melhor o que é amor fraternal para colhermos uma boa convivência pessoal, familiar e social. E, para entendermos bem o que é Amor Fraternal, torna-se importante que tenhamos sempre presente que Jesus nos ama e Deus é amor. O amor de Deus é incondicional, não depende de uma resposta positiva: "Eu amo-te, se, tu me amares também". O amor de Deus diz: "Eu amo-te, mesmo que tu me rejeites que fales mal de mim, que me persigas". A Bíblia descreve o Amor em 1 Coríntios 13:4-7: “O amor é sofredor, é benigno; o amor não é invejoso; o amor não se vangloria, não se ensoberbece, não se porta inconvenientemente, não busca os seus próprios interesses, não se irrita, não suspeita mal; não se regozija com a injustiça, mas se regozija com a verdade; tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.”
Clerio José Borges é Escritor e Historiador. Autor do Livro História da Serra. Web Site na Internet: www.clerioborges.com.br
Crise familiar aumenta violência escolar
Especialistas em educação concluem que o aumento da violência escolar se deve em parte a uma crise de autoridade familiar, onde os pais renunciam a impor disciplina aos filhos, remetendo-a para os professores.
Vários especialistas internacionais estão reunidos na cidade espanhola de
Valência a analisar até hoje o assunto «Família e Escola: um espaço de
convivência».
Os participantes no encontro, dedicado a analisar a importância da família
como agente educativo, consideram que é necessário evitar que todo o peso da autoridade sobre os menores recaia nas escolas, o que obriga a "um esforço conjunto da sociedade".
"As crianças não encontram em casa a figura de autoridade", um elemento
fundamental para o seu crescimento, disse na conferência inaugural do
congresso o filósofo Fernando Savater. "As famílias não são o que eram antes, um núcleo muito amplo e hoje o único que muitas crianças contatam é a televisão, que está sempre em casa", sublinhou.
Para Savater os pais continuam a "não querer assumir qualquer autoridade", preferindo que o pouco tempo que passam com os filhos "seja alegre" e sem conflitos e empurrando o papel de disciplinar quase exclusivamente para os professores.
No entanto e quando os professores tentam ter esse papel disciplinador, "são os próprios pais e mães que não exerceram essa autoridade sobre os filhos que intentam exercê-la sobre os professores, confrontando-os".
Fonte: jornal Primeiro de Janeiro, Portugal, 10/11/2006
Publicado no Portal da Família em 06/02/2007
Vários especialistas internacionais estão reunidos na cidade espanhola de
Valência a analisar até hoje o assunto «Família e Escola: um espaço de
convivência».
Os participantes no encontro, dedicado a analisar a importância da família
como agente educativo, consideram que é necessário evitar que todo o peso da autoridade sobre os menores recaia nas escolas, o que obriga a "um esforço conjunto da sociedade".
"As crianças não encontram em casa a figura de autoridade", um elemento
fundamental para o seu crescimento, disse na conferência inaugural do
congresso o filósofo Fernando Savater. "As famílias não são o que eram antes, um núcleo muito amplo e hoje o único que muitas crianças contatam é a televisão, que está sempre em casa", sublinhou.
Para Savater os pais continuam a "não querer assumir qualquer autoridade", preferindo que o pouco tempo que passam com os filhos "seja alegre" e sem conflitos e empurrando o papel de disciplinar quase exclusivamente para os professores.
No entanto e quando os professores tentam ter esse papel disciplinador, "são os próprios pais e mães que não exerceram essa autoridade sobre os filhos que intentam exercê-la sobre os professores, confrontando-os".
Fonte: jornal Primeiro de Janeiro, Portugal, 10/11/2006
Publicado no Portal da Família em 06/02/2007
A Lei dos Três Estados de Augusto Conte
O alicerce fundamental da obra comtiana é, indiscutivelmente, a "Lei dos Três Estados", tendo como precursores nessa idéia seminal os pensadores Condorcet e, antes dele, Turgot.
Segundo o marquês de Condorcet, a humanidade avança de uma época bárbara e mística para outra civilizada e esclarecida, em melhoramentos contínuos e, em princípio, infindáveis - sendo essa marcha o que explicaria a marcha da história.
A partir da percepção do progresso humano, Comte formulou a Lei dos Três Estados. Observando a evolução das concepções intelectuais da humanidade, Comte percebeu que essa evolução passa por três estados teóricos diferentes: o estado 'teológico' ou 'fictício', o estado 'metafísico' ou 'abstrato' e o estado 'científico' ou 'positivo', em que:
No primeiro, os fatos observados são explicados pelo sobrenatural, por entidades cuja vontade arbitrária comanda a realidade. Assim, busca-se o absoluto e as causas primeiras e finais ("de onde vim? Para onde vou?"). A fase teológica tem várias subfases: o fetichismo, o politeísmo, o monoteísmo.
No segundo, já se passa a pesquisar diretamente a realidade, mas ainda há a presença do sobrenatural, de modo que a metafísica é uma transição entre a teologia e a positividade. O que a caracteriza são as abstrações personificadas, de caráter ainda absoluto: "a Natureza", "o éter", "o Povo", "o Capital".
No terceiro, ocorre o apogeu do que os dois anteriores prepararam progressivamente. Neste, os fatos são explicados segundo leis gerais abstratas, de ordem inteiramente positiva, em que se deixa de lado o absoluto (que é inacessível) e busca-se o relativo. A par disso, atividade pacífica e industrial torna-se preponderante, com as diversas nações colaborando entre si.
É importante notar que cada um desses estágios representa fases necessárias da evolução humana, em que a forma de compreender a realidade conjuga-se com a estrutura social de cada sociedade e contribuindo para o desenvolvimento do ser humano e de cada sociedade.
Dessa forma, cada uma dessas fases tem suas abstrações, suas observações e sua imaginação; o que muda é a forma como cada um desses elementos conjuga-se com os demais. Da mesma forma, como cada um dos estágios é uma forma totalizante de compreender o ser humano e a realidade, cada uma delas consiste em uma forma de filosofar, isto é, todas elas engendram filosofias.
Como é possível perceber, há uma profunda discussão ao mesmo tempo sociológica, filosófica e epistemológica subjacente à lei dos três estados - discussão que não é possível resumir no curto espaço deste artigo.
Fonte:Wikipédia
Segundo o marquês de Condorcet, a humanidade avança de uma época bárbara e mística para outra civilizada e esclarecida, em melhoramentos contínuos e, em princípio, infindáveis - sendo essa marcha o que explicaria a marcha da história.
A partir da percepção do progresso humano, Comte formulou a Lei dos Três Estados. Observando a evolução das concepções intelectuais da humanidade, Comte percebeu que essa evolução passa por três estados teóricos diferentes: o estado 'teológico' ou 'fictício', o estado 'metafísico' ou 'abstrato' e o estado 'científico' ou 'positivo', em que:
No primeiro, os fatos observados são explicados pelo sobrenatural, por entidades cuja vontade arbitrária comanda a realidade. Assim, busca-se o absoluto e as causas primeiras e finais ("de onde vim? Para onde vou?"). A fase teológica tem várias subfases: o fetichismo, o politeísmo, o monoteísmo.
No segundo, já se passa a pesquisar diretamente a realidade, mas ainda há a presença do sobrenatural, de modo que a metafísica é uma transição entre a teologia e a positividade. O que a caracteriza são as abstrações personificadas, de caráter ainda absoluto: "a Natureza", "o éter", "o Povo", "o Capital".
No terceiro, ocorre o apogeu do que os dois anteriores prepararam progressivamente. Neste, os fatos são explicados segundo leis gerais abstratas, de ordem inteiramente positiva, em que se deixa de lado o absoluto (que é inacessível) e busca-se o relativo. A par disso, atividade pacífica e industrial torna-se preponderante, com as diversas nações colaborando entre si.
É importante notar que cada um desses estágios representa fases necessárias da evolução humana, em que a forma de compreender a realidade conjuga-se com a estrutura social de cada sociedade e contribuindo para o desenvolvimento do ser humano e de cada sociedade.
Dessa forma, cada uma dessas fases tem suas abstrações, suas observações e sua imaginação; o que muda é a forma como cada um desses elementos conjuga-se com os demais. Da mesma forma, como cada um dos estágios é uma forma totalizante de compreender o ser humano e a realidade, cada uma delas consiste em uma forma de filosofar, isto é, todas elas engendram filosofias.
Como é possível perceber, há uma profunda discussão ao mesmo tempo sociológica, filosófica e epistemológica subjacente à lei dos três estados - discussão que não é possível resumir no curto espaço deste artigo.
Fonte:Wikipédia
O Positivismo de Augusto Conte
[editar] A filosofia positiva
A filosofia positiva de Comte nega que a explicação dos fenômenos naturais, assim como sociais, provenha de um só princípio. A visão positiva dos fatos abandona a consideração das causas dos fenômenos (Deus ou natureza) e pesquisa suas leis, vistas como relações abstratas e constantes entre fenômenos observáveis.
Adotando os critérios histórico e sistemático, outras ciências abstratas antes da Sociologia, segundo Comte, atingiram a positividade: a Matemática, a Astronomia, a Física, a Química e a Biologia. Assim como nessas ciências, em sua nova ciência inicialmente chamada de física social e posteriormente Sociologia, Comte usaria a observação, a experimentação, da comparação e a classificação como métodos - resumidas na filiação histórica - para a compreensão (isto é, para conhecimento) da realidade social. Comte afirmou que os fenômenos sociais podem e devem ser percebidos como os outros fenômenos da natureza, ou seja, como obedecendo a leis gerais; entretanto, sempre insistiu e argumentou que isso não equivale a reduzir os fenômenos sociais a outros fenômenos naturais (isso seria cometer o erro teórico e epistemológico do materialismo): a fundação da Sociologia implica que os fenômenos sociais são um tipo específico de realidade teórica e que devem ser explicados em termos sociais.
Em 1852 Comte instituiu uma sétima ciência, a Moral, cujo âmbito de pesquisa é a constituição psicológica do indivíduo e suas interações sociais.
Pode-se dizer que o conhecimento positivo busca "ver para prever, a fim de prover" - ou seja: conhecer a realidade para saber o que acontecerá a partir de nossas ações, para que o ser humano possa melhorar sua realidade. Dessa forma, a previsão científica caracteriza o pensamento positivo.
O espírito positivo, segundo Comte, tem a ciência como investigação do real. No social e no político, o espírito positivo passaria o poder espiritual para o controle dos "filósofos positivos", cujo poder é, nos termos comtianos, exclusivamente baseado nas opiniões e no aconselhamento, constituindo a sociedade civil e afastando-se a ação política prática desse poder espiritual - o que afasta o risco de tecnocracia (chamada, nos termos comtianos, de "pedantocracia").
O método positivo, em termos gerais, caracteriza-se pela observação. Entretanto, deve-se perceber que cada ciência, ou melhor, cada tipo de fenômeno tem suas particularidades, de modo que o método específico de observação para cada fenômeno será diferente. Além disso, a observação conjuga-se com a imaginação: ambas fazem parte da compreensão da realidade e são igualmente importantes, mas a relação entre ambas muda quando se passa da teologia para a positividade. Assim, para Comte, não é possível fazer ciência (ou arte, ou ações práticas, ou até mesmo amar!) sem a imaginação, isto é, sem uma ativa participação da subjetividade individual e por assim dizer coletiva: o importante é que essa subjetividade seja a todo instante confrontada com a realidade, isto é, com a objetividade.
Dessa forma, para Comte há um método geral para a ciência (observação subordinando a imaginação), mas não um método único para todas as ciências; além disso, a compreensão da realidade lida sempre com uma relação contínua entre o abstrato e o concreto, entre o objetivo e o subjetivo. As conclusões epistemológicas a que Comte chega, segundo ele, só são possíveis com o estudo da Humanidade como um todo, o que implica a fundação da Sociologia, que, para ele, é necessariamente histórica.
Além da realidade, outros princípios caracterizam o Positivismo: o relativismo, o espírito de conjunto (hoje em dia também chamado de "holismo") e a preocupação com o bem público (coletivo e individual). Na verdade, na obra "Apelo aos conservadores", Comte apresenta sete definições para o termo "positivo": real, útil, certo, preciso, relativo, orgânico e simpático.
Fonte; Wikipédia
A filosofia positiva de Comte nega que a explicação dos fenômenos naturais, assim como sociais, provenha de um só princípio. A visão positiva dos fatos abandona a consideração das causas dos fenômenos (Deus ou natureza) e pesquisa suas leis, vistas como relações abstratas e constantes entre fenômenos observáveis.
Adotando os critérios histórico e sistemático, outras ciências abstratas antes da Sociologia, segundo Comte, atingiram a positividade: a Matemática, a Astronomia, a Física, a Química e a Biologia. Assim como nessas ciências, em sua nova ciência inicialmente chamada de física social e posteriormente Sociologia, Comte usaria a observação, a experimentação, da comparação e a classificação como métodos - resumidas na filiação histórica - para a compreensão (isto é, para conhecimento) da realidade social. Comte afirmou que os fenômenos sociais podem e devem ser percebidos como os outros fenômenos da natureza, ou seja, como obedecendo a leis gerais; entretanto, sempre insistiu e argumentou que isso não equivale a reduzir os fenômenos sociais a outros fenômenos naturais (isso seria cometer o erro teórico e epistemológico do materialismo): a fundação da Sociologia implica que os fenômenos sociais são um tipo específico de realidade teórica e que devem ser explicados em termos sociais.
Em 1852 Comte instituiu uma sétima ciência, a Moral, cujo âmbito de pesquisa é a constituição psicológica do indivíduo e suas interações sociais.
Pode-se dizer que o conhecimento positivo busca "ver para prever, a fim de prover" - ou seja: conhecer a realidade para saber o que acontecerá a partir de nossas ações, para que o ser humano possa melhorar sua realidade. Dessa forma, a previsão científica caracteriza o pensamento positivo.
O espírito positivo, segundo Comte, tem a ciência como investigação do real. No social e no político, o espírito positivo passaria o poder espiritual para o controle dos "filósofos positivos", cujo poder é, nos termos comtianos, exclusivamente baseado nas opiniões e no aconselhamento, constituindo a sociedade civil e afastando-se a ação política prática desse poder espiritual - o que afasta o risco de tecnocracia (chamada, nos termos comtianos, de "pedantocracia").
O método positivo, em termos gerais, caracteriza-se pela observação. Entretanto, deve-se perceber que cada ciência, ou melhor, cada tipo de fenômeno tem suas particularidades, de modo que o método específico de observação para cada fenômeno será diferente. Além disso, a observação conjuga-se com a imaginação: ambas fazem parte da compreensão da realidade e são igualmente importantes, mas a relação entre ambas muda quando se passa da teologia para a positividade. Assim, para Comte, não é possível fazer ciência (ou arte, ou ações práticas, ou até mesmo amar!) sem a imaginação, isto é, sem uma ativa participação da subjetividade individual e por assim dizer coletiva: o importante é que essa subjetividade seja a todo instante confrontada com a realidade, isto é, com a objetividade.
Dessa forma, para Comte há um método geral para a ciência (observação subordinando a imaginação), mas não um método único para todas as ciências; além disso, a compreensão da realidade lida sempre com uma relação contínua entre o abstrato e o concreto, entre o objetivo e o subjetivo. As conclusões epistemológicas a que Comte chega, segundo ele, só são possíveis com o estudo da Humanidade como um todo, o que implica a fundação da Sociologia, que, para ele, é necessariamente histórica.
Além da realidade, outros princípios caracterizam o Positivismo: o relativismo, o espírito de conjunto (hoje em dia também chamado de "holismo") e a preocupação com o bem público (coletivo e individual). Na verdade, na obra "Apelo aos conservadores", Comte apresenta sete definições para o termo "positivo": real, útil, certo, preciso, relativo, orgânico e simpático.
Fonte; Wikipédia
Assinar:
Postagens (Atom)